terça-feira, 29 de maio de 2012

Sincera


Ha paz em meu coração,
E o que você tem feito
Encontrar uma saída para tudo
Menos para seus próprios defeitos


Acostumei com isso
Para você minha vida parecia não ter sentido
Nas estações de minha existência, querido.
Sempre te encontrava nos achados e perdidos


Estava errada... andei a esmo
Inúmeras foram às vezes que desisti de mim por você
Para receber sua atenção, carinho.
Cedo ou tarde tudo acabava e eu deixava de viver.


Esperei por você
Admiti esquecer meu caminhar
Mais uma vez errei
Estúpida, deixei de viver para te acompanhar.


A fila anda e a vida navega pelas ondas
Sincero foi o amor em meu coração
Mas uma vez larguei tudo
Pensando que você viria, mas tudo em vão.


Lamentei, mas aprendi.
A vida é melhor quando se busca o bem e se é feliz
O custo foi alto, isso é verdade.
Mas hoje sou mestre e não eterno aprendiz



Manoel Cláudio Vieira
29/05/2012 – 02:45h.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Namorados


Olhos nos olhos
Um n’outro faz morada de seu coração
Belo par afeiçoado
Laborando coisas da paixão


Mãos dadas, juntinhas
Trocando caricias...
Linda e terna parceria
Trocando delicias


Um diz... Te amo
Outra - Meu amor
Estrelas d’alva respingando em suspiros:
Sê minha menina
Entregue estou...
Menino.
Sou tua... amor


Manoel Cláudio Vieira

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Mulher


Teus lábios junto aos meus
Meu corpo, teu aninhar.
Um coração batendo sereno
Acalenta o espírito a nos escoltar


Sabes bem o que penso
Amofinado fico sem tua sombra me contornar
Minhas asas sentem falta
Carente fica meu lunar


Em caricias, trocamos
Cancioneiros vívidos a nossos pés
Tornando meiga a vida em vida
Contigo estou, tanquinho de lagar.



Quando enlevamo-nos em caricias
Ressurge forte essa paixão
Rejuvenescida fica a existência
Delirante, terna e arrebatadora união.


Como é bom marcharmos juntos
Quero para sempre te namorar
Minha vida realça vida, mulher
Alço vôo – costela a me faltar.


Só Deus sabe o quão te quero
Ignóbil fico sem te-la a meu lado ao despertar
Amo-te muito, consorte amada
Laço-de-amor em meu jardim a iluminar.


Manoel Claudio Vieira, segunda feira, 19 de maio de 2003 – 16:36h.

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Moramor – amar


Menino do céu
Olhos de lince
Gema preciosa
Da água quero que me pinces


Mar revolto
Quebram ondas na areia
Corsários do mar
Cevam grotas nas veias


Em teu largo encontrei
Olhos serenos, madurez nos tratos
Hipócrita existência
Sem o aconchego de teus braços


Quero te sentir agora
Escafeder o logro do vazio da paixão
Mostraste o que é um amor verdadeiro
Teu apego tocou fora as chamas da ilusão


Sou terra fecunda
Sulca com o ancinho este ser
Sou sua, amor.
Derrame a semente - meu bem-querer.



Manoel Cláudio Vieira - 13/09/05
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Molde & Massa


Amor... Acorda, já é dia.
Tudo de novo; loucura.
Quisera voltar no tempo
Época de grande doçura


Sonhei amor.
Éramos crianças novinhas
Tremíamos de frio na chuva
Dividindo a mesma sombrinha


Menino! Isso aconteceu
Não lembra, amor?
Segurava a sombrinha
Enredando meu corpo sofredor.


Chorava de frio
Teu olhar amimava
Bela ocasião aquela
Molde...Massa amassada.


Verdade! Aos poucos nos amoldamos
Bela sociedade foi criada.
Tijolinhos d’alma um doutro
Pedaço de mim; sou teu! Eu...sua amada.


Manoel Claudio Vieira – 18/05/2004 _ 00:05h.

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O baluarte das paixões


Em meu peito repousa
Um sentimento chamado paixão
Sei que ele inda abriga
Uma galáxia chamada... coração


Quisera todo homem
Aluar junto a seu interior
Toda sina exterioriza em cerne vivo
A lúdica magia de seu labor


Passageiros da Passargada
Mistos em desígnios de amor
Divagam nas horas matutinas
Mesclando inércia ao ardor


Minha jangada se alumbra
Tal qual Pegasso em Constelação Boreal
Alumiando sentimentos nobres
Conjurasse um amor sem igual


Nem sei se é possível
Explanar o tique-taque de um coração
Em interlúdios descompassados
Ouço em renque seu chamado de... paixão


Impossível descrever
Onde finda o amor e começa a razão
As coisas do Cupido - não se explicam
Sente-se, no Maximo, um cético senão.


Manoel Claudio Vieira – quarta feira, 12 de fevereiro de 2003 – 23:37h.
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Natureza 2


Dádiva divina
Esmerada flor
Es mais que sapiente
Afrodite formosa, Deusa do Amor


Teu véu em cascata
Qual rama em árvore a espraiar
Natureza, tu es eterna
Tua sombra vem ao mundo iluminar


A brisa que emanas
Acalenta a aspereza de meu ser
Es a própria flor-do-campo
Como edredão, a vida vem suster.


Tens sido mui maltratada
Todo imbróglio humano, estas a aturar
Tens sido válvula de escape
De amantes da vida pelo mundo a flanar


Tuas fontes são de luz
Revigoras a alma d’aurora com o Sol a te aguardar
Perdão amada – doce menina
Natureza - a Lua ao Sol vai se entregar.


Junto a ti também estão
Espíritos mil a circuncidar
Alumiando a noite sem que percebas
Não chores – acalentam teu soluçar



Manoel Claudio Vieira – sexta feira, 08 de agosto de 2003 - 16:30h.

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Natureza .


Entre todas foste a escolhida
Meu coração - teu corpo amoldou
Vendo nele sua morada
Amada, meu vulto ao teu se agregou.


Amor; sei que estas satisfeita.
Te devo bem mais que meu coração
Dizes que nele fizeste morada
Eu sim – de teu corpo, minha mansão.


Por Deus, como isso é bom.
Unir-me a ti, meu ser se encontrou
Amada, contigo permuto mais que carinhos.
Cantigas mil - um ao outro, ensinou.


Bendita hora em que chegaste
Meu ser expatriado, vida nova ganhou
Um sopro de vida me deste
Minha amada, eterno amor


Como é bom estar contigo
Tua serena presença me satisfaz
Quero mais me entregar em teus braços
Sê minha dona - vem me amar.


Amor, como é bela a vida assim.
Minh’alma vida nova abiscoitou
Teu ventre de mulher me diz
Amolda-te ao meu, amado... amor


Teu corpo é um violão
Soando cantigas junto a meu peito, bem devagar.
Na toada dessa cantiga em nosso ninho
Conjugamos cada vez mais o verbo... amar.



Manoel Cláudio Vieira, segunda feira, 26 de maio de 2003 - 16:53h.
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O desfiladeiro dos descambados


A vida tem lá seus critérios,
Por anos acabrunhados num “canto escuro de nosso quarto”.
Os mais fortes combinaram à admiração ao fastio
Combinando matizes de um ser inda em parto


Anos a fio busquecamos luz na escuridão.
Traços de vida num mundo sem cor.
Atropelando o nada, pensei sustar meu mundo,
Subjetivando-o num macabro ritual de “sublimação e dor”.


Por quê tanta privação a um só ser ?
Por quê passar por tamanho torpor ?
Estropiado pelas indiferenças do mundo,
Atribui a mim bem pouco valor.


Minha vida perdeu seu sentido,
Num dia de total solidão.
Tentando nela dar uma parada,
Acabei achando “luz na escuridão”.


As “obras” que a mente nos faz,
Transformando-nos em seres pela vida a perambular.
Parece que nos tornam “obras inacabadas”,
Com uma triste bandeira a desfraldar.


As passagens pelas quais acabei passando,
Motivos nelas achei para um novo mundo buscar.
O que tenho e o que sempre terei em minha alma,
É o “Desfiladeiro dos Descambados” sempre a garimpar.


Manoel Claudio Vieira - Quinta-feira, 01 de março de 2001 - 16:24:06

Elixir

Quando roças meu corpo
Sinto no meu, imenso prazer.
Nossa sina assegura
Um no outro aspiramos desvanecer


Ah...como é bom.
Um ao outro...embrenhar
Todo sumo desse gozo se resume
Bandeiras novas, estase a desvendar.


Teu gosto... aprecio
Esse sal me faz bem
Aumentando a pressão em meu corpo
Revigora meu ser em réquiem.


Tal qual uma pena
Ao sabor dos ventos a verdejar
Suprimos nosso ego em abrolhos
Fazendo-nos novamente à vida avocar.


Toda luxuria descamba
Nosso amor é mais forte e nos bota a delirar
Um do outro somos colírio
Doce ungüento a nos arretar


Quem dera esmerados instantes
Para sempre o tempo pudesse perpetrar
Esse elixir exuberante
Venceria a vida revigorando nosso anelar


Manoel Claudio Vieira – terça feira, 07 de janeiro de 2002 – 14:50h.

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O encontro das águas.


Quando entono teu nome
Renova-se em mim toda paixão
As forças que me guiam
Dizem quanto te quero, coração


Minhas águas enturvadas
Límpidas ficam a teus pés
Se queres te banhar,
Deites em mim, mulher.


Tu bem sabes o quanto és linda
A meus olhos, idílio em flor
As águas de meu cântaro cantam alto
Quando movem a usina chamada... amor


Haaaaaa...como são bons esses momentos
Jorras luz em minh’água, amor
Iluminas meu ser andarilho
Oxigenas o mundo com teu calor


Em teus braços me esvaio
Sem eles, tenso fico, bem-querer.
Suportas minha’alma vagabunda
Como geratriz - função viver.


Se te tratam feito inunda
Mando tudo ao vazio
Perco toda compostura
Condimentas minha história com teu... caril.


Manoel Claudio Vieira – sábado, 25 de janeiro de 2003 – 19:37h.

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O jardineiro dos Campos de Hebron



O jardineiro dos campos de Hébron
Homem de vida rude e de bem pouco prazer
De tão acostumado às agruras deste mundo
Compunha odes em versos e trovas pelos campos para se... entreter


E o povo perguntava:


Como pode um homem tão tosco e inculto
Que mal sabe ler e escrever,
Compor versos simples e harmônicos
Que somente um poeta poderia escrever?


E a Sabedoria respondia:


É o homem dentro daquele homem
Que apenas plantas e animais são capazes de compreender
A chama ardente da paixão em seu peito
Bate forte arrastando cada vez mais conhecimento ao seu viver.


Conclusão:


Aquela criatura podia ser rude, mas tinha luz própria.
Assemelhava-se a uma pedra preciosa a ninguém desmerecer
Necessitando trabalhar o dia a dia lapidando sua história
Ninguém o reconhecia e via que naquele brilho flambava a chama do prazer.





Manoel Claudio Vieira 12/12/00 - 00:38:50

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O mentecapto


Arvore da vida
Contorno do infinito
Sê forte, amigo meu
Descongela esse grito


Faz acontecer
Tens capacidade
Solista da historia
Estas na bela idade


Confia no que tens
Teu forte... sensatez
Labora espaço, horizontes
Desnuda o que outro nunca fez


Fale do Cupido
Sê escriba do Querubim
Não brinque com amor
Ódio não é trampolim


Fala serena
Litígio ?- esqueça o agregado
Ficar sem estribo...
Desejo do rogado


Rola língua ferina
Não te incite com o Cavalgadura
Que ganha ele com isso ?
Palavra dita, marca impura.


Rocha cristalina.....
Esta em paz, decantado
Renega o espólio do infeliz.
Ele te quer fatigado


Idolatras do amor
Carecem vida em seu viver
Incipientes feiticeiros
Carecem aprender a aprender


Manoel Claudio Vieira 02/10/2004 – 09:25h


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O Tempo e o Vento


Amo uma mulher
Doce, matreira... fugaz
Meu amor qual estrela matutina
Veios de luz inda traz


Sol, estrela máxima;
Lua, calidoscópio candente do amor.
Inebriado pela melodia de meu coração,
Embeveçam luz à minha flor


Viver sozinho... jamais
Não nasci para isso
Abarrocado em idéias
Longânime amor, flor do meu passadiço.



Alumiem minh’alma
Excretem o medo dessa paixão tão quente
Amor, sublime sentimento...
Minha moça inda é semente


Sopra vento, sopra forte
Leve esse barco, empurra minha vela
Se solicito ao futuro
Não leva minha donzela


Impossível ? Sei disso
Galgar tempo, corrida contra o vento
Em mente, tempo voa
Sopra de volta meu fomento


Traz lembrança, saudade
Diga a mim, pendulo da paixão
Inda dobram os sinos em ventrículos
No campanário daquele coração ?


Manoel Claudio Vieira – 28/04/2004 – 10:55h.

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Olhos d'agua


Noite enluarada
Amores vazios
Vexada morena
Andar sutil


Suspiro fingido
Gozo sereno
Gesto melindroso
Olhar obsceno


Vida boemia
Árcade de luz
Transcende limites
Dinheiro seduz


Estrela candente
Fio de esperança
Brilho do ouro
Vento da bonança


Tempo? passa
Surta vida qual moribundo
Malha a teia com cuidado
Parte o grilhão, vira-mundo.


Manoel Claudio Vieira - 09/05/2005 – 11:55h

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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Juras

Diz-me que me ama
Não me deixes a mingua, no passado.
Sou teu a qualquer hora
Faça de meu corpo, teu legado


Não sou forte
Minhas mãos, o Pai conduz
Faz-me rijo, consorte amada
Teu corpo me seduz


Na aurora em que nasci
Haviam trevas, clamor e dor
Cativaste a dor em mim
Dando de teu ser, amor.


Cresci na escuridão
Fez-se vida mesmo assim
Num segundo sopro de vida
Cá estou... Será que te perdi?


Não quero mais aquele mundo
Reavi parte de meu passado
Vida nova aflorou
Ora quero meu legado


Meu ser clama
Se minha, mulher
Nos prospectos do mundo
Esse homem te quer


Não quero mais o silêncio
Basta o que um dia fizeram
Em mim florou
Luz – jamais, monastério.


Não fale nada agora
Pense primeiro
Cansei disso tudo
Liberdade, Saúde, Amizade... primeiro.


Manoel Claudio Vieira 29/03/2004 – 16:45h.

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Janelas de mim


Espelhos d’alma
Janelas fugidias
Sou imagem!
Teu ser...minha mania


Tem-me ao longo
Beijos loucos em refrão
Voltei do vazio
Acarinhando teu coração


Teu sorriso fascina
Jeitinho cativante
Enlaço acalorado
Beijinhos delirantes


Mãos correm
Lascívia sensual
Olhos percorrem
Nosso amor... desigual


Apoquenta, aquece
Deita a meu lado
Estrela candente
Sou teu namorado


Abre mais um sorriso
Melhor quero te sentir
Pungência desse amor
Doce porvir.


Manoel Claudio Vieira - 24/09/2004 – 11:07
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Juizo


Corpo candente
Fronte de vida
Alma peregrina
Vem abençoar


Benesses do amor
Sorriso de criança
Corpo em dança
Acalente nossa dor


Sol ardente
Alma singela
Seara da entrega
Jardim a cuidar


Em verso, este canto
Escrito em oração
Corpo ... guerreiro
Amor em comunhão


Cinge nossos dias
Dá-nos do liquor de teu pranto
Faça-nos forte, rijos
Abriga-nos sob teu manto


Banhe com teus lábios
Seca meu rosto com sangue do dador
Teu filho, nosso abrigo
Irmão maior, irmão do amor



Manoel Cláudio Vieira - 09/10/2004 – 12:46
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Inebriados


Os amantes deste mundo
Embriagados por palavras de amor
Se tocam por palavras ardentes
Motivados pela "magia do amor"


Todos tem seus momentos de carinho
Ímpetos de um maior calor
Neles, toda gama de sentimentos desabrocha
Em forma de "palavras de amor"


Embriagados pelas expectativas da "vida em silêncio"
Entorpecidos por sentimentos múltiplos de ardor
Àqueles que sentem paz em sua vida
Se dobram ao "chamado do amor"


Amortecidos por palavras nobres
Inebriados pelas artes da paixão
Criaturas de todas as índoles
Se calam àquilo que diz o coração


Pouco ou nada ainda resta
Àqueles que um dia ousaram pensar:
"Que valor tem minha vida”
Se nunca em vida ousaram se dar ?


Muitos passam pelo mundo
Vivendo a vida sem muito se importar;
Pelo "Canto da Sereia" foram tomados,
Nenhuma bandeira souberam desfraldar.


O amor é o sentimento máximo
Palavras dele devemos usar.
Nossa vida ao se tornar leve
Faz parte dos problemas desvanecer no ar



Manoel Claudio Vieira - Terça-feira, 20 de março de 2001 - 18:41: 33
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Hemisférios (ensaio/resposta/mail)

Todo homem tem em si
Hemisférios a desvendar
O de cima, governado pela lógica da razão
Pouco liga para sentimentos alheios e,
A pretexto da cabeça,
Vive a vida a ajuizar.


Desmembrando sentimentos,
Pouco importam... palavras de amor
O carinho imbuído neste sentimento
Não passa de absurdos sem grande valor


A fala perpetrada pela razão
Fria como uma luz sem calor
Inacreditável seria viver nossa história neste mundo
Sem se importar com a solicitude
Brindando à vida através da
Magia do amor.


Não é fácil viver num lugar assim.
Não se descobre as entranhas da vida
Vendo o mundo passar sem torpor
A solicitude do amor nos remete aos tempos
Onde à lógica da razão se resumia
A um pequeno lagar chamado... desamor.


O de baixo sempre fala mais alto
Corrige caminhos com mais vagar
Lidando bem com sentimentos
Refaz a vida sem à vida maltratar.


A ponte a unir antagônicos hemisférios
Nada tem daquilo chamado sofreguidão
Ao unir partes distintas
Une a lógica do corpo à mágica ilógica e sublime
Do que rege o...coração


A interação dessas forças é maior
Quando um se entrega ao outro
E esse outro também se da
Quando os pratos da balança se encontram
Vislumbra-se no horizonte
Alegre despertar!


Quando a força da paixão
Sobrepuja-se a do amor
Esquadrinham-se sentimentos vívidos de apego;
Sobrepujados fomos por gente sem valor.


Sem contar com ninguém nessas horas
Os amigos-amigos vem a nosso encontro e,
Em seu peito abrigam àquele que sangra em nosso peito sem...sangrar.
Minimizada a dor de um amargo regresso
Dão mais vida a vida
Dando mais de si
Para um melhor despertar


Quem tem uma amiga como o que eu tenho
Amaciando as dores de um parto para uma vida recomeçar.
Pelo mundo volta a sentir mais amor pelas pessoas
Tal qual um menino medroso
despertando para o mundo
Vendo a vida em seu... primeiro despertar.



Manoel Claudio Vieira - 13/08/2002 - 12:00h - (escrito num bate pronto - 5m no máximo)
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Genese


Da morte fui resgatado
Parte minha, teu ser respaldou
Minha’alma candente ganhou asas
Num candeeiro chamado amor


Em soprano fui crescendo
Meu destino estava traçado
Pendia à frente
Preso a balizas do passado.


Criatividade... palavra outrora impura.
Proferir indulgências foi regra geral
Viver a baila do destino
Execrando a vida – historia natural


Um jumentinho um dia me conduziu
A um estaleiro, verdadeiro estábulo móvel e virtual
Nesse dia principiou fábula de vida
Entroncada numa mulher, base real


Passei vindicar mais vida
Mesmo com meretrizes meu ser esfolar
De trincheiras dum mundo em fantasia
Saltei a história como se salta ao mar


Senti forte o baque da realidade
Subscrita num sistema outrora residual
Batendo de fronte em quimeras disse:
“Vate in retro” – monstro alheio, alegoria desnatural.


Desvanecido desse passado
Vida nova a vida incrementei
Embora tarde o que resta pela frente ?
Não mais um alcatraz – bandeira indecente.


Acochambrado pela nova realidade
Distorcida por gentalha com ossos a ranger
Salivando feito algozes aloprados
Pela vida, morte comecei viver.


Entrei em profunda depressão
Era isso que eu menos queria
Perdi forças por gente omissa
Transfigurando realidade em fantasia


Destrambelhado no fundo dum poço
Pouco a pouco meu ser a vida retornou
Vi paredes avexadas em redor
Não desisti; a mulher do estaleiro a mim falou


Olhando para o alto vi luz
Flor-de-amor renascia em meu ser
Alcei vôo mui devagar
Entrecortado por barreiras feito Alzheimer me deter.


Desvencilhada a questão
Confinado deixei de ser
Aquela mão me ajudara
Vida nova, vida viver


Não mais quero o obliquo
Um passado não se trata como fantasia.
Em vaticínio resgataste de mim a criança
Desvencilhando-a de um mundo de heresias.


Hoje, faço parte de sua confraria
Tuas mãos, Deus Pai aquele dia alumiou.
Deste tudo de ter ser ao meu com palavras
Prospectos de vida ? Realidade virou


Recomposta parte das fissuras
Meu ser, tua mente amoldou
És mais que supões, amada
Prenhe estou das cousas do amor


Os sentimentos afloram feito água
Da mais pura fonte em teus olhos nos meus a marear
Obrigado amiga; amante carinhosa
Acima de abrolhos, queres voar ?


Manoel Claudio Vieira – 27/09/2003 – 11:25.

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Floramar


Mãos alentam
Lábios se encontram
Toques completam
Amores despontam.


Olhares atraem
Compartilham momentos
Traços de si
São complemento


Sou o amor
Tome de meu ser
Mina essa flor
Contigo quero viver


Encorpada a mim
Chameja a estrela da paixão.
O cerne em meu ego
Reluz em teu coração


Laços enlaçam.
Sondo neles teu ser
Sinta meu corpo
Abelhinha; vem viver.


Achegue mais perto
Seu coração bate no meu
Felizes anjos... um d’outro
Flores do mar, tempestades de Zeus



Manoel Cláudio Vieira – 10/05/05 – 22:35

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Eu queria (texto escrito prof. depressão)


Eu queria uma vida um pouco melhor
Pagar preços menores pelo dia de amanhã
Despertar para um mundo de luzes me sentindo... gente
Sentir em meu corpo o leve toque do vento levando para longe a presunção
De entreveros de uma vida em sociedade onde o que mais se sente
E o gosto amargo de se sentir ... só.


Eu queria ser mais humano e menos... esponja
Queria saber separar melhor meus problemas dos contratempos alheios
Não absorver para mim o que não é meu
Queria o auxilio de alguém a me ouvir em momentos difíceis
Queria ... sentir na vida um gosto de vida e não de ...


Eu queria tanto superar meu algoz
Queria poder falar com àquele ser atrás do espelho e dizer :
"Você é minha imagem, não meu conteúdo;
Apenas... uma carcaça sem sentimentos".


Mesmo sabendo quem sou, porque busco a aprovação deste outro ?
Eu queria distinguir melhor o joio do trigo em meu próprio ser
Não cair tanto nas contradições deste que me habita e diz sempre :
"O que se veste representa o que se é e o que se sente"


Despojado deste espírito caricato
Procuro vestir meu externo com roupas que mais se adequam a minha personalidade, mas ...
Meu interior esta despido e vazio tal qual um sepulcro negro.
O estilista maior deste mundo
Parece não mais estar presente em minha vida tornando lúgubre o meu viver.


Com toda certeza, estou neurótico, mas
Quem nos dias de hoje, não acaba se tornando assim ?
O que mais distingue um ser de outro é o grau atingido por tal distúrbio
Mais ainda : a consciência vívida de que tem essa "coisa" aliada a impotência de
Não saber como corta-la pela raiz sofrendo o mínimo possível.


Tal qual um ator, eu queria viver minha vida duas vezes.
Na primeira, faria uma espécie de treino aprimorando-me.
Na segunda, já bem mais experiente porém cego e ególatra
Destrincharia com maior destreza os problemas no palco do mundo.
Sem notar , estaria apenas interpretando um alguém chamado........
Vivendo, jamais. Isto seria apenas uma teoria do "LIVRO DA VIDA".



Manoel Cláudio Vieira - segunda-feira, 25 de fevereiro de 2002 - 13:06h
(escrito quando estava em profundo estado de depressão)

Eu....você

Flor d’alma
Amor em lótus
Criaturas ternura
Revendo fotos


Qual pintura
Estampada na areia
Inda somos crianças...
Bendita ceia


Paragens de vida
Raios de luz
Olhar penetrante
Corpo seduz


Ouça a força
Sente meu peito
Doce bom-bocado
Deusa de meu eito


Águas profundas... enturvadas
Barcos a navegar
Estivemos a deriva até...
Um n’outro fundear


Destacou do peito
Perpetrou espaço
Seivas desse amor ?
Novo ser em abraços


Das caricias ao Sol
Em beijos junto ao tempo
Palavras na areia...
Não. Teu ser... mais que momentos


Poetisa de meu coração
Bendigamos este dia
Somos entes de um tempo
Timbrando qual poesia.


Manoel Claudio Vieira – 23/09/2004 – 17:25h

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Explode coração

Explode coração
Explode que não mais agüento
Sem teu ser, minha pele
Minha vida, um tormento


Em noites frias
Sinto falta de teu calor
Não suporto mais
Careço de carinhos, amor.


Quero dormir; não sinto sono.
Sentir... não sinto nada
Entregar, esvair
Você se foi... não sou mais nada


Sinto falta de sua companhia
Faz-me ausente sem teu ronco
Não quero viver
Longe de teu tronco


Minhas mãos tremulas
Quais adornos, nada sentem
Amargas estão
Sem sentir o que sentes


Quero mais morrer
Nunca mais sorrir
Sinto carente esse teu colo..
Minhas ancas querem te sentir


Faças de mim,
Seu transcurso em minha flor.
A doçura que sentias
Não sinto mais, amor.

Não me maltrate assim
Tua presença alucina.
Inebriada situação
Sem tê-lo em minha sina


Vem cá amor... perdoa
Sei que fui o errado
Agi mal, circunspicienste.
Não quero mais sentir a herança desse legado


Então, me tenhas por inteiro
Inda sinto teu coração
Que se faça por completo
O gozo... também quero teu perdão.


Ouviu meu clamor
Na aurora da noite vieste
Me tenhas sem pudor
Sê como um cafajeste


Ouvi. Inda estou magoado
Não me peças mais nada... serei tudo
Estava fria minha vida
Voltei... quero ser teu legado


Namora comigo...
Sinta em teu peito, meu coração
Briguinhas bobas
Inda explodem um coração


Homem e mulher
Duas criaturas, um inteiro
Braços em abraços
Longânime musical... obra dum seresteiro


Manoel Claudio Vieira – 27/04/2004 – 15:00h
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HP médica-neurologia

Fascinação

Olhos cintilantes
Lábios, favos de mel
Rostinho matreiro
Deusa de meu céu


Pequeninos, brincávamos.
Rindo das brincadeiras feito loucos
Mal sabíamos num futuro
Ser espelho um do outro.


Bobeirinhas à parte
Um, noutro já crescia
Das briguinhas de criança, sinto falta
Era nosso amor que florescia


Eu era o seu herói
Dava pulos feito cabrito
Fazia-me forte
Ouvindo seus gritos


Volta e meia, caia feio
Esfolava o joelho, caia sentado
Nessas horas vinha você, anjinho
Sanar meu machucado


Nem fazíamos idéia... Éramos crianças
Meu super-herói já te atraia
Volta e meia, de safado
Ao chão - bem de propósito - eu caia.


Você era danadinha
Via que eu gostava daquele tratamento
Na lancheira da escola
Já levava um ungüento


Doer doía – eu até ficava brabo.
Você me consolava; era isso que eu queria
Em verdade, o que contava ?
Um coração que já ardia.


Adolescentes, em boca, primeiro beijo.
Ficamos feito bobos, embaraçados
Por uma semana senti
Um gostinho de culpado


Danada... você olhava feio
Bem que gostou daquele beijinho
Chegou perto, devagar pedindo:
Inda dói aquele machucadinho ?


Principiamos namorar
Como era gostoso o teu abraço
Sentia algo me completar em teus beijos
A falta em mim acarinhada além dos teus braços


Você mudou de cidade
Foi para bem longe de mim
Sofri tanto por uns tempos
Parecia ter chegado meu fim


Os anos foram se passando
Não conseguia esquecer
O sabor daqueles beijos?
Impossível esquecer.


Por uma das obras do acaso
Um dia acabamos nos encontrando
Choramos tanto e tanto, emocionados.
Pudera... eram dois corações se tocando.


Voltamos a vida
O brilho em teus olhos retornou
Era o que meu ser pedia
Carinhos teus; doce mulher, você voltou.


Não quero mais nada
Tampouco eu, amor
Você é minha menina
E você, meu herói... as mechas em teus cabelos, a luz que me faltou.


Manoel Claudio Vieira – 29/04/2004 – 15:40h

Estação Renascer


Presos a sentimentos bárbaros,
Amordaçados por preceitos tribais.
Todo preconceituoso parte suas relações afetivas,
Em nome de absurdas convenções sociais.


Ao se deslocar para o infinito,
Seu eixo afetivo arrochou-se ao vazio da solidão.
Impondo a seus sentimentos um nada,
Prescreveu “morte em vida” sem compaixão.


Num mundo assim tão frio,
Não nutre mais espécie alguma de ardor.
Por seu próximo pouco ou nada mais sente,
No máximo, confusos traços de... amor.


O retorno ao mundo de luzes,
Requer remissão dos frutos da vida com calor.
O espírito da paz se faz presente,
Toda vez que inclina seus pensamentos à base chamada... amor.


Penoso é esse regresso.
Inevitável seria se deparar com o gosto amargo da tribulação.
Todos cometem em sua breve passagem pela vida,
Impensados atos transfigurados em mágoa, pranto e aflição.


Ao voltarmos ao mundo de luzes,
Resta ainda em boca um gosto de silêncio e solidão.
Aos poucos, dissipamo-lo pela galáxia da “vida em vida”,
Sem impingir a nos mesmos àquilo chamado... perdão.


Quando o amor volta, conciliam-se novamente corpo e alma.
Retornam os sentimentos de paz, alegria e afeição.
Presente novamente à serenidade em nossas vidas,
Perpetra-se mais uma vez, paz no coração.



Manoel Claudio Vieira, quarta-feira, 15 de agosto de 2001 – 18:54h.
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Esperança

O calor de teus lábios
Juntinho aos meus
Me fazem feliz
Revigoram meu eu


Em principio sentia vergonha
Chorar ? sozinho
Hoje me abro por inteiro
Choro... sorrindo.


Meu fraco tu susténs
Meu forte – conténs
Contigo me encontro
Amor de minha vida, meu bem.


Por trás de teus olhinhos
Encontro paz
O salubre da vida
Em lagrimas se desfaz


Sei que me entendes
Fácil de se ver
És espelho de minh’alma
Meu amor, me atém


Te amo, te quero
Nem sei que seria de minha vida sem ti
Amada, suportas mais um instante
Não vá embora... fica mais um pouquinho por aqui.



Manoel Claudio Vieira – 25 de outubro de 2003 – 08:55h.
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Escolhas do coração (uma explosão?)

Não tenho palavras para definir o texto abaixo - simplesmente brotou do nada e feito maquina comecei a derramar no teclado o que vinha a mente. Você definiria isto como? Uma explosão de vida? - talvez

Manoel
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Escolhas do coração.


Meu coração bate forte
Qual sino a dobrar
Doce amada, menina sereia
Acochambrado contigo quero estar


Nos instantes de silencia
Vivo estou, não há como negar
Aquele em meu peito bate forte
Pelas chamas flambando nesse teu olhar

Amada, não fique assim
Em laços, teu ser é meu olhar.
A doçura de teus beijos
Refreiam nosso descompassar


O silencio ensurdece
Ensandece nossa relação
Meu ser faceiro
Corrobora ao mínimo nossa relação


Os ranços do passado
A mim foram cruéis
Teu ser alma faceira
Deu vida a meu olhar


A força das palavras
Aliados ao olhar
Não mais recriminam meu ser
Tão cansado da vida... olvidar


O fogo duma paixão
Nada é a nossos pés
O amor fala mais forte
Guia vida em nossos pés
Não explode feito busca-pé

Que te segue é minha sombra
Vulto vivido de lua alumiando a noite desde teus pés
Esta exausta, eu sei.
Amarga por nutrir num ser, tamanha fé.


As noites em branco
Escuras como o silencio a desvendar
Em parte amanhecem definhando
Mais um dia, mais um é...


Por trás de teus olhinhos
Vi em parte, parte tua brilhar
A teoria do espelho não se aplica
Meu ser es tu, mulher.

O medo duma palavra errada
Poe a pique nosso amor
As margens de erro cada vez menores
Despacham as coisas do coração


Pensas o mesmo que eu
Bem sabes quão bom, palavras usar
Passageira duma nave errante
Somos nos em cada despertar

A vida não é mais a mesma
Os sinos não param de repicar
Cada segundo que passa
Volta outro tanto em sonhos e faz a vida descompassar


Viver em terras
Onde a regra geral é o perder
Sai pra lá minha nega
Vem comigo a para de desvanecer

Essa historia já foi longe demais
Sabes bem das coisas dum coração
Vem brincar comigo essa noite
Te embalo feito criança em meu caminhão


Para com essa historia
Também sei fazer declaração
Do Imposto de Renda já estou cheio
Basta de fugir desse Leão


Teu coração é fogo
Ruge feito gatinho parecendo miar
Por trás da pena que escreve
Vem comigo e vê se para de torrar

Te gosto muito, preciso falar
O toque dos olhos te fez descompassar
Que raio de jeito e esse
Do mesmo cálice, com comigo brindar.


Por que raios entendes
Que esse cálice é do verbo calar
Toma um porre de carinho nessa boca
Vem comigo, vida virar


Essa historia ta mais que clara
Serão minhas as tuas declarações
Para com isso, mulher
To cansado dessa minha frustração


Em vida, vivi feito bobo
Como livro em mesa nua, folhado pelo vento a soprar
O PAI deu mais uma chance
Renasci, só quero despertar


Vem cá... quero te enlaçar
Ser teu em noite de luar
As fases pela qual passamos, são fases
Algumas, amargo veneno a destilar.


Dele vem a vacina
Cura um coração feito flor
Quanto mais rude o veneno
Menor a dor


Bem sei o quão isso é ruim
Ficar a mingua, tem fim
Catar pelos dedos a mão duma besta
Para com isso e se joga em mim


Que raio de poesia é essa
Escrevendo feito doido estou
A pena em minha mão
Contigo brinca, mulher do amor.


Essa historia não tem fim
Já te disse isso uma vez
Será que preciso repetir
Meu sim outra vez?

A besta esta aluada
Escreve feito menino desenhando o mundo em sua flor
Tem medo duma coisa
O quê ? Coisas do amor


Pronto. Agora vou
Estou triste pela escolha de teu coração
A meu lado, cadê você
Quero bem mais que uma paixão


Já te disse que isso não é bom
Um amor – bem melhor assim
Que coisa mais feia minha menina
Para com essa sina


O cara ta puto da vida
Um pé no rabo levou
Deus outros tantos isso é verdade
A merda, um monte de gente mandou


A ratazana foi uma
Chupou toda sua inspiração
Era um tal de isso aqui ta ruim
Só falava mal das coisas do amor


Também, que vida levou
Cantou o mundo como se canta uma pedra
Fez dele seu lastro
Cunhando sua era


Para com isso mulher
Que coisa feia é essa ?
Esse cara ta [ita da vida].
Choveu hoste vida em sua era


Thais não consigo mais parar de escrever
Não sei bem como, mas às vezes fica assim
Meu ser assume forma
Desinibida pelas coisas duma fera


Já já preciso parar
Sei o quanto estou assim
Você precisa me ver
Escrevendo de jeito mesmo assim


Logo mais algo vai acontece
Perdi ora um pouco da inspiração
Um caminhão de gás ta passando
Tocando aquela “bendita canção”


O cachorro do vizinho
Também começou aluar
Essa besta fica assim
Quando algo começa enfadar


É sua forma de dizer
Estou triste, vem me acarinhar.
Não conhece vida
Apenas, seu mundo – cela a luar.


UFAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ESTOU MEIO COM MEDO...REPARA QUE EM PARTE É UM MANOEL COM MEDO, TODO DESTRAMBELHADO, CHEIO DE NHEM NHEM NHEM....DEPOIS APARECE UM OUTRO QUE MANDAVA VER
ACHO QUE ERAM 9:30 QUANDO ACABOU........ Será’que psicografei de novo ????

Doutora


Fina Flor
Criatura onisciente
Teu ser enaltece
Novos laços de vida, moeda sem precedente.


Tua sina – crianças
Em cetose, deixam de convulsionar.
Distinguir qual receita certa é seu desafio para...
Menos crises, melhor vida versar.


Aqueles que te cercam
Urgem luz em seu viver
Fótons de luz outrora incipientes
Em vida, principiam conviver.


Que existência teriam
Sem tua escolta lhes encaminhar ?
Tua dieta restaura-nas ao mundo
Tal estrelinhas d'alva nos céus a brilhar


Meu ser inda é incapaz
Resumir numa só poesia, tamanha dedicação.
Teus anjinhos outrora alheios
Passando sentir o compasso feliz desse teu coração


És mais que DOUTORA
Alumias caminhos neste teu andar
Magnânima professora d’alma:
Tua receita transpassa essa morte e as faz, vida vindicar.


Sei que cada caso é um caso
O ser humano é mesmo assim
Beber d’água da fonte da vida é uma dádiva.
Vieste ao mundo para desta fonte, àqueles servir ?



Manoel Claudio Vieira - 08/12/2003
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Em tuas mãos


Em teu leito, meu eito.
Em ti, entregue estou em tuas mãos.
Sinto n’aura que me guia
Tua presença em meu coração


Todo meu universo,
Em versos ponho a explanar
A força que me guia
Deixa-me franzino neste nosso aluar.


Sei bem que estas por perto
Sinto tuas mãos a me acarinhar
Nem sei mesmo onde me coloco
Quando em ti começo a pensar


Sabes bem o quanto te quero
A meu lado, teus pensamentos estão a ficar.
Fico flácido por tudo que me cerca
Vendo em ti, meu bem, meu... amar.


Sei bem quanto nos faz falta
Local impar a nos acobertar
Cá estou pensando em ti
Ensandecido por teu jeito de... matutar.


Que mais queres, criatura ?
Não sentes minha presença a te acarinhar ?
A teu lado estou, minha moça.
Em teu ouvido, sopro palavras num... sussurrar.


Nem sei quando nem bem como,
Tudo naquele dia... começou.
Nossos mundos ao se cruzarem
Vida nova as estrelas... alumiou.



Manoel Claudio Vieira – domingo, 17 de novembro de 2002 - 14:29h.

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Embrenhar de corações


Corpos ardentes
Estirados ao chão
Formam correntes
Da mais pura coesão


O roçar das partes
Arrebatadas em lúbrico suor
Perpetuam sentimentos ardentes
Efetivadas pelas coisas do amor


Os beijos cálidos
Embargam pressentimentos de sofreguidão
O toque dos lábios
Reprimem sentimentos de usurpação


Tal qual o sopro de uma brisa
Formando ondas num lago modelar
Nossa mente se põe a deriva
Quando nos pomos da amada nos pomos a espraiar


Os prazeres de tal desfrute
Indescritível tentar explicar
Só aqueles que assim se entregam
Sabe quão bom é esse manjar.


A entrega do corpo é mais doce
Quando damos sem nada esperar
Correspondendo tal ato àquilo chamado amor
Sentimos na amada, igual deliciar.




Manoel Claudio Vieira - terça-feira, 04 de dezembro de 2001 – 17:15:35
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Enlaçados


A postura dos amantes deste mundo,
Não guarda semelhança alguma àquele dos iguais.
Indiferentes a tudo e a todos,
Vivenciam a vida às linguagens sensuais.


Seus corpos ao se tocarem em caricias,
Fazem a essência do corpo à alma se unir.
Pouco ou nada lhes importam os externos,
Basta-lhes um ao outro para em transe se fundir.


A solicitude que os cerca,
Faz o lúmen da paixão transcender seus corpos em luz.
A loucura que os ensandece dia a dia,
Entorpece sentimentos atrozes de que “tudo um dia se reduz”.


Esse entalhar de almas,
Resplandece ainda mais o mundo de cada ser.
A arte diária de esculpir um ao outro,
Remodela sentimentos novos de bem-querer.


Em êxtase então se assentam.
Passam a sentir por seu mundo, maior ardor.
Concatenados deste modo entre si,
Fazem-se maiores diante de qualquer sinal de mal-humor


O enlace maior destes seres só se dá,
Quando um outorga ao outro o direito de errar.
Se tais prerrogativas humanas não souberem partilhar,
Benesse alguma um ao outro conseguiria incorporar.



Manoel Claudio Vieira - terça-feira, 21 de agosto de 2001 – 16:49h.

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Doce mulher

Doce mulher
Rostinho de menina
Beijos ardentes
Flor em minha sina


És bela, mulher
Ginga teu corpo matreiro
Se minha, criatura
Me beije por inteiro


Fica a meu lado
Brinca comigo
Beijocas à parte
E seu o meu destino


Fala de amor
Se minha, cristal
Sabe que te quero
Enlaça este mortal


Doce mulher, terno amor
Enleve este ser
Leve-o as alturas
Fa-lo crescer


Não chore menina
Dorme com anjos
Na calada da noite
Sou teu arcanjo



Manoel Claudio Vieira – 16/03/2005 - 18:20h

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Divindades do Aquém


Por quê tamanha safadeza para com meu coração ??
Por quê tamanha injuria com minha pessoa ??
Será que sou tão asqueroso e rude ??
Será que sou alguém digno de pena que tu tanto apregoas ??


Não agüento mais tamanha humilhação.
Por que me fazes de palhaço ??
Por quê me queres em tuas mãos feito pássaro
Com vontade de voar, mas sem assas para viver ??


Àquele que outrora em meu peito batia de felicidade e alegria;
Ora, por tua “honra e glória”, bate de dor.
Que culpa tenho eu se tua veneta anda virada
Se me queres assim, não me perturbes nem descontes em mim tua dor.


Não sou nenhum alquimista do além
Não conheço o mundo de espíritos – no máximo o sinto
Não quero alguém a meu lado a irritar-me a toda hora
Concordar por concordar – só é para idiotas


Vivemos num só mundo
Um planeta com todo tipo de contrastes;
Um mundo com todo tipo de “ajuste” a ser feito;
Vivemos para um fim lógico e não para uma aventura no planeta terra.


Se me queres como um homem,
Daquele mesmo da raça humana,
Peço-te : “caixes à terra dos homo-sapiens”
Por que já não mais te agüento com teu jeito de
Feito “Santa” de um mundo bem AQUÉM.


Manoel Claudio Vieira; 26/02/00 - 11:30h.
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Deuses de pedra


Os Filhos da luz, criaturas de nobre presença
Rugiram de dor expondo sua soberba
Quando a golpes de bocejos
Os Deuses de Pedra proferiam sua sentença


Seres errantes de tempos finados
Bandeirantes do século do nada
Mostrai seus dentes em profundas criptas
Criaturas de tempos há muito passado


Tua alma quer descanso, terra para viver.
Não procura mais semente para gerar
Cansou da dor em vida que faz morrer


As fortes exigências do passado
Cousas da gente de expectativas
Criou nos seres de luz, um dolente presente.


Manoel Claudio Vieira -Terça-feira, 13 de junho 2000 - 19:00 h.
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