quarta-feira, 23 de maio de 2012

Estação Renascer


Presos a sentimentos bárbaros,
Amordaçados por preceitos tribais.
Todo preconceituoso parte suas relações afetivas,
Em nome de absurdas convenções sociais.


Ao se deslocar para o infinito,
Seu eixo afetivo arrochou-se ao vazio da solidão.
Impondo a seus sentimentos um nada,
Prescreveu “morte em vida” sem compaixão.


Num mundo assim tão frio,
Não nutre mais espécie alguma de ardor.
Por seu próximo pouco ou nada mais sente,
No máximo, confusos traços de... amor.


O retorno ao mundo de luzes,
Requer remissão dos frutos da vida com calor.
O espírito da paz se faz presente,
Toda vez que inclina seus pensamentos à base chamada... amor.


Penoso é esse regresso.
Inevitável seria se deparar com o gosto amargo da tribulação.
Todos cometem em sua breve passagem pela vida,
Impensados atos transfigurados em mágoa, pranto e aflição.


Ao voltarmos ao mundo de luzes,
Resta ainda em boca um gosto de silêncio e solidão.
Aos poucos, dissipamo-lo pela galáxia da “vida em vida”,
Sem impingir a nos mesmos àquilo chamado... perdão.


Quando o amor volta, conciliam-se novamente corpo e alma.
Retornam os sentimentos de paz, alegria e afeição.
Presente novamente à serenidade em nossas vidas,
Perpetra-se mais uma vez, paz no coração.



Manoel Claudio Vieira, quarta-feira, 15 de agosto de 2001 – 18:54h.
http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/
HP médica-neurologia

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