sexta-feira, 31 de maio de 2013

Meus sentimentos



Se o amor  fosse um coração
Por quê não o deixou viver?
Solitário, não foi longe
Precisava de um amor que o fizesse bater


Se o amor fosse uma flor
Por que não a deixou florescer?
Solitária, não foi longe
Precisava de alguém para sua ira desvanecer


Nunca procurou ser racional
Nunca acreditou em ninguém fazendo coisas idiotas como pensar e viver
Brincava de estatua e eu era sua marionete
Solitária em seu canto, fazendo de conta que a vida foi feita para sofrer


A morte vem como um lucro
Vida sem vida, simples existência
Lugar ao sol, jamais... absurdo
Teu lugar, seol, doce querência,


Não há o que fazer – o tempo não volta atrás
Em minha curta existência jamais observei você sorrir
Grotesca, sempre martelando terríveis lembranças
O tempo não volta mas minha vida inda pode florir


Ao menos, ilumine o que lhe resta com amor
A vida não é boa quando desde cedo os pássaros são feridos
A vida sem asas é como um sepulcro negro
Quando em sua existência jamais foi amado e muito menos, querido.



Manoel Cláudio Vieira – 31/-5/2013 – 00:01h
http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/
HP médica-neurologia

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Meu anjo



Vida se renova todo dia
A paz se constrói diuturnamente
Amor não se cultiva aos trancos
Quando vai embora o faz num único repente


A caminhada é luminosa
Quando o amor supera as desavenças
Restrito, o ódio sucumbe 
Dissolvido na eira das lembranças


Posso dizer o que foi meu mundo
De um rádio e um televisor eu vivia a vida
Solidão: freqüentemente batia as portas
Após desmaios, retomar o passo, reerguer bandeiras, ponto de partida


Solidão... companheira inseparável
Era raro ver pessoas sorrindo
Vontade de vagar... enorme
Eu, meu ser e a existência partindo


“Louco...vai dormir que dá mais certo!”
Mas em meu leito inesperadamente um anjo brotava
Em sonhos ele brincava, acarinhava minha alma
Na manha seguinte eu ressuscitava.


Num desses dias tive um sonho
Meu anjo me auxiliava erguer de um abismo
Caminhei por entre luzes, pedras e fogo intenso
Ate chegar num mundo apinhado de lirismo


Caminho de luz 
Um ser iluminado dava boas vindas
A penúria de outrora... nunca mais
Foi assim que meu anjo partiu.


Manoel Cláudio Vieira – 29/05/2013 – 03:21h
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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Plumas ao vento


Feito pluma ao sabor da brisa
A vida é mesmo assim
Num dia você cria, deixa aprumado
Noutro, vem alguém e tudo sugere: chegou o fim


Criaturas ensandecidas
Gente afinada com dedos em riste
Obreiros talhando almas, cingindo raízes
Obras  inacabadas de dia triste


Tudo bem você se deixou engolir
Tragado, tornou-se refém de batalhas inglórias
Ter medo do além é possível quando não se tem paz
E em especial quando este alguém habita sua memória


Viver é dolorido, mas
Além dos horizontes você sentira
Que o que parecia vazio, insosso
Cruzou teus caminhos para te testar


Pense no que há de vir
Adiante não há porque sofrer pelo peso das pilherias
Verdade foram muitas as gozações fortuitas
Muitas vezes regadas à penúria e a miséria


Num mundo distante
Atrás de uma realidade há sempre um devaneio
Os sonhos... com tempo tomam feições de realidades
E o que era antes e o que é hoje passam ser um inteiro.


Sorria... o mundo a sua volta sorrira
As crianças não deixarão de sorrir
Viver a vida é bem simples
Quando a boca fala o que há no porvir


Pode me chamar de sonhador
Lenon deu asas a quem não via na historia uma razão
Os sonhos de um mundo melhor tornaram menos distante
“Imagine”  hino de uma geração.


Manoel Cláudio Vieira – 27/05/2013 – 23:15h
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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Onde esta você.


Onde esta você
Fez de meu coração um lamaçal
Brincou com coisa séria, mas apesar de tudo, compreendo
No fundo és um menino e não um adulto anormal


Não pertenço a este lugar
Minha vida nem sempre foi assim
Acreditei em você, fiz mais do que poderia, mas não esperava
Que você não acreditasse em mim


Tudo bem... espero tenha aprendido
Ir além nem sempre permite retornar e dizer: foram fantasias
Verdade minha mente não é perfeita, tenho algumas deficiências
Mas estou longe de ter uma alma vazia


Solitário, mesmo assim te quero bem
Feito estrada de duas mãos, a vida é um só caminho
Enquanto eu fui, voltei e aprendi com meus erros
Espero que não pare e permaneça sozinho


Mesmo com tudo em mãos ainda assim você humilhou
Permanecer calado não teria feito nenhum mal
Perdeu uma oportunidade muito boa de ficar quieto, mas preferiu
Pisar na seara alheia a viver sua vida integralmente e não o dia final


Que fique de lição... aprenda!
Na próxima, o além não será duvida e sim certeza
Como diria o poeta do Engenho Pau d'Arco:
A mão que afaga é a mesma que apedreja


Manoel Cláudio Vieira – 23/05/2013 – 04:48h
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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Meus amores



Trabalhar com a alma
Expressar o amor com sentimento
Expor a flor da pele a ternura...
Saudade marcada pelo tempo


Harmonia em versos
Trabalhados com carinho
Tudo na vida corre melhor
Quando o amor que se tem vem da época do ninho


Frágeis como o tempo
Gigantes como o perdão
Assim é a historia daqueles 
Doando parte da ternura em seu coração 


Vencedor é aquele
Que na vida se entrega  de corpo, alma e coração
Dia a dia trabalha com afinco
E faz da rotina uma doce canção


Céu estrelado em noites nuas
Cintilantes, os astros parecem dialogar
Estrelas são como amores perdidos no tempo
Lembrando que a vida nem nossa historia podem parar


Peço a Deus serenidade
Lucidez na hora que o amor faltar
Que os obstáculos que eu não saiba remover
Tenha em mente a melhor maneira de os contornar 


Caricias d’alma
Somos reféns do tempo
O que um dia semeamos
Será nosso conforto ou tormento


Manoel Cláudio Vieira  - 08/05/2013 – 04:12h


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