sexta-feira, 25 de maio de 2012

O desfiladeiro dos descambados


A vida tem lá seus critérios,
Por anos acabrunhados num “canto escuro de nosso quarto”.
Os mais fortes combinaram à admiração ao fastio
Combinando matizes de um ser inda em parto


Anos a fio busquecamos luz na escuridão.
Traços de vida num mundo sem cor.
Atropelando o nada, pensei sustar meu mundo,
Subjetivando-o num macabro ritual de “sublimação e dor”.


Por quê tanta privação a um só ser ?
Por quê passar por tamanho torpor ?
Estropiado pelas indiferenças do mundo,
Atribui a mim bem pouco valor.


Minha vida perdeu seu sentido,
Num dia de total solidão.
Tentando nela dar uma parada,
Acabei achando “luz na escuridão”.


As “obras” que a mente nos faz,
Transformando-nos em seres pela vida a perambular.
Parece que nos tornam “obras inacabadas”,
Com uma triste bandeira a desfraldar.


As passagens pelas quais acabei passando,
Motivos nelas achei para um novo mundo buscar.
O que tenho e o que sempre terei em minha alma,
É o “Desfiladeiro dos Descambados” sempre a garimpar.


Manoel Claudio Vieira - Quinta-feira, 01 de março de 2001 - 16:24:06

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