quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tijolo por tijolo.


Mais um ano chegando ao fim. Na harmonia de uma noite iluminada, sonhos, aspirações, desejos e medidas que prometemos no fim do ano passado se repetem em muitos corações, mas na realidade nenhum deles se realiza se voltarmos a repetir os mesmos erros de anos passados.

Se a felicidade esta dentro de cada um, ir a busca dela é uma bela encrenca que nos metemos cada vez que fechamos a porta das nossas realizações pessoais para viver o sonho alheio. Algumas atitudes como retirar de si o que nos aflige é algo a ser trabalhado com carinho no dia a dia mas dai transferir a outros a expectativa do amanhã, um tremendo engodo; há de se sentir na pele as mudanças que as estações nos reservam e conforme o que se semeia é o que se colhe.

Responsabilidade no que se faz, confessar a ignorância frente ao desconhecido, persistir na busca do sucesso mesmo que este pareça distante sem se deixar abater com as quedas no caminho são virtudes que todos tem dentro de si e se realmente almejamos a realização pessoal é bom começar desde já a construir tijolo por tijolo os alicerces que nos sustentarão futuramente – pode parecer enfadonho mas é a única forma de se manter sem ter rabo preso com ninguém a não ser a própria consciência.


Manoel Claudio Vieira  – 28/09/2011 – 06:25h

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Parias

Nunca disse...é fácil
Jamais confiei em aparências
Um dia acreditei na pronuncia de um coração ferido
N'outro lamentei as conseqüências.


Não direi o que fazer
Nem necessito externar que fizestes
Não fui eu quem chorou, mentiu e em si morreu.
Feito um pária convertido ao mundo da messe


Deploro tua vã filosofia
Podes cessar de simular feito criancinha
Enxergo através das tuas mascaras, canalha.
No final sempre acabaras sozinha


Liberdade não se compra
Nem se vende o certo pelo errado
Confiar em semelhanças, crendices,
Tolice dos enjeitados


Disputa com os cães um osso
No monturo do porvir és excrescência.
Cigana das mil faces,
Quanto tempo mais pode sobreviver com alguma sapiência?


Basta olhar ao teu redor
Teu lamento é à flor do ocaso
Enquanto persistires negar
Estarás sempre, mil, dois mil anos de atraso.


Manoel Claudio Vieira– 09/11/10 - 00:51h

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Transferências

Transferências

Manoel 



Coisas do mar
Estrelas cadentes
Transferência em curso
Pedaços de gente


Do céu ao inferno
Purgatório em vida
Sentença solene...
Morte em vida


Espelhos do nada
Saltos n’além mar
Ausência majestosa
Lembranças a resgatar


Abre a mente
Por hora, descansa da jornada.
Sossega um momento
Da viagem ao nada.


Entregues ao destino
Compaixões expatriadas
Mais e mais de uma vez
Solidão acompanhada


Registros eternos
Vida pungente
Desafios vencidos
Sobreviventes.


Toma os pés pelas mãos
Descansa em paz
Eu não estou à sua frente
É você quem ficou para trás



Manoel Claudio Vieira
29/09/2010 – 05:16h

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A linha da vida


A velhice não pode te afligir
Nem o frescor das manhas abrandar tua cela
Solitária és como a chama flambando
Navegando numa nau sem leme nem vela

O sol bendiz tuas manhas
A aurora conclui um espetáculo maravilhoso
Encerrando tua existência no mar dos devaneios
Levando vida a teus sonhos dadivosos

Como podes indicar um destino
Julgar se o apego que encerro é superficial
Indiferente, teu fardo é zanzar no vazio.
Sem norte nem estrelas como referencial

Minha vida se converteu
Teu juízo fez o meu ruir parte da essência
Não sou anjo, mas feito águia guio teu caminho.
Tens meu perdão, mas não minha paciência.

Pai... Perdoa teu filho
Faz do coração deste néscio uma fortaleza
Seja feita a Tua vontade, sempre e sempre
Da-me forças para ir além com madureza.


Manoel Claudio Vieira – 11/12/2010 – 04:48h

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Quando a boca fala, o corpo sara.

Abusos físicos, sexuais e emocionais na infância desencadeiam nas pessoas barreiras e limites de proteção muito além do normal. Marcadas pelo tempo, essas situações em geral permanecem pelo restante da vida da pessoa sem que a mesma identifique a origem do problema, pois muitas vezes é costume um dos pais solicitar ao filho que seja compreensivo com o que se foi a limpar de vez a macula deixada na psique da criança.

O “mascarar” o que se foi dá ao abusador a sensação de livre-arbítrio e o mesmo passa a agir em seu cotidiano como um individuo sem limites. A partir daí o sentido dado ao castigo dos pais deixa de ser o de um bom corretivo para se tornar mais uma ferramenta de agressão em especial quando o transgressor manipula a opinião alheia por conhecer de perto os presentes, seus medos e fantasias como membro da família.

Estabelecer limites desde cedo é e sempre será uma medida bem vinda de proteção e nada melhor que o dialogo para solucionar os entraves que resistem ao tempo, mas o que se pode esperar quando justamente quem mensura essas fronteiras é possuidor de traumas maiores? Difícil questão; o abandono da controvérsia é e sempre será a pior saída pois esse tipo de imundice colocada sob o tapete da vida da pessoa cedo ou tarde vem à tona com situações bem mais conflitantes a serem trabalhadas. Pense seriamente nesta questão e mãos a obra começando por explorar o “podre” de dentro de si discorrendo o trauma a quem mais você confia. Por que? “Quando a boca fala, o corpo sara”!!!

Manoel Cláudio Vieira – 20/09/2011 – 05:49h

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domingo, 18 de setembro de 2011

Contemplando os céus

Contemplo os céus
Entre estrelas busco teu coração
Com laços de amor
Ao mar entôo nossa canção


Enlaçaste o meu coração
Dando asas à ternura
O que disseram ser amor era paixão
Levando a nada a coisa alguma


Assim como as águas retornam à nascente
E da lei os rios desaguarem no mar
O encontro do doce ao salso
Tempera à vida ao longo de nosso caminhar


Satisfaz tua alma
Aprende com as lições da vida
O que evocam ser liberdade
Na realidade é um peso em tua lida.


É hora de parar
Reconsiderar o que se foi e tocar em frente
A historia se repete e não vale a pena choramingar
No amor, historia e vida somos passageiros nem sempre conscientes.


Manoel Cláudio Vieira – 18/09/2011 – 05:29h

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sábado, 17 de setembro de 2011

Sonhador

Sonhador
Singra universos fascinantes
Terras longínquas, terno prazer
Mundo concreto, vida errante


Na mente o enlevo
No real a solicitude
Historia, um passo de cada vez
Cotidiano de fé, perseverança e atitudes


Amor: sentimento maior
O caráter é forjado por ações
Vida, celeiro d’almas
A existência uma missão.


Asas da liberdade
Aprimora teu ser com sabedoria
Nada se consegue por acaso
Há choro e ranger de dentes antes da alegria.


Assim como as pedras um dia se encontram
A tempera do aço se alcança com o quente e o frio
As sementes determinam a colheita vindoura
Apontando a vida como passagem castiça e não um calvário de vazios


Manoel Cláudio – 16/09/2011 – 03:42h


terça-feira, 6 de setembro de 2011

Surdez d’alma

Zombeteiro do mundo
Pesca tua ventura em aquário
Paixão ...demência da vida
Sanidade do otário

Ausentes do mundo
Arqueiam-se à existência sem traumas
Combinando os sons da natureza ao silencio
Buscando o Altíssimo no vazio d’alma

Ha graça na histeria
Muitos são os dementes dando graças ao Senhor
Oferecendo sanidade a um sistema falido
Negando a vida aos encontros com Deus do amor.

Despe teu coração
Dá asas à experiência e voa
A criança em teu peito sorri
O adulto n’alma te magoa

Entrega as desventuras
Solta o intimo de tua’lma amordaçada a custo de remédios
Vem... humilha teu ser
Apresenta teus desejos sinceros

Manoel – 06:29h – 30/08/2011

Durma com um barulho destes.

Viver leva as pessoas a sentir sensações invadindo-as diariamente. Dentre as mais comuns, o amor notabiliza a grandeza de caráter daqueles que se dispõe ofertar parte de si em prol de necessitados, mas como tudo por aqui tem seu contrário, o ódio também é comum e costuma aparecer em indivíduos que pela frente são uns amores mas por trás apunhalam continuamente seus desafetos ate gerar neles uma situação insuportável ao constatar o lado contraproducente que esta vivendo.

Tais assédios costumam ser extremamente cruéis pois promovem em suas vitimas sentimentos de humilhação, inferioridade, depressão, exclusão social e o pior de tudo, retirada da história de modo muitas vezes irremediável – leia-se, suicídio.

Compreender a fraqueza desta pessoa não as livra de penalidade, ao contrário, é essencial que tenhamos clareza e, principalmente, determinação separando esses indivíduos do meio presente pois ao atacar declaram claramente sua fraqueza e não superioridade frente aos demais. Uma verdade deve ser dita – aprende-se muito com a conduta alheia porem forçar outros a conviver com meias-verdades, fofocas e muita humilhação, nada trás de útil a não ser uma enorme mentira povoando o principal órgão da vida, ou seja, a reflexão.


Manoel Cláudio Vieira – 05/09/2011 – 05:48h.
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