quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Eu ainda não cheguei



Que ha por trás de tanto medo
Racionar situações, desvendar enigmas faz parte de nosso legado,
Nesta vida ha sempre alguém criando problemas
Pena...Queria viver simplesmente, mas as pessoas fazem o mundo parecer complicado.


Basta de tantas asneiras
Sempre que parto deixo portas abertas
Quero me ver livre de ineptos maquinando problemas
Não preciso de 'chaves' porque tenho a mente liberta


Não importa... A estrada é longa
Sei que pela idade, mais da metade galguei.
Um dia posso ter sido um peso, mas...
Tenho ciência do que tenho e posso, mas ainda não cheguei.


Um dia fui tratado como tolo e... calei
No momento seguinte, o mesmo aconteceu.
Tudo bem... Se fizer bem ao teu ego ser assim, siga em frente.
Mas tenha certeza: contigo assim também serei.


Queria ser teu amigo
Queria um dia que me visse como teu aliado
Uma pena você não entendeu meu propósito
Uma pena foi você ter me usado.


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Manoel Claudio Vieira - 21/10/2015 - 02:21hh
http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/
HP médica-neurologia

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Anoitecer... Volare

Anoitecer... Volare



Eu gostaria de voltar no tempo... Sei que foi uma época difícil, pouco ou nenhum contato físico com pessoas, mas uma barbaridade com televisão; lugares solitários, vida sombria, casa com janelas permanentemente fechadas - no máximo, meia luz - luto implantado. 

Graças a um Poder Maior, Deus Pai todo Poderoso para mim, sonhar não era proibido e as noites, pouco antes de cair nos braços de Orpheu, meu anjo vinha conversar comigo. Não sei se as drogas (licitas, diga-se de passagem) que eu ingeria ajudavam entrar num mundo onde meu imaginário alçava voo indo a partes jamais vistas, mas eu adorava aqueles instantes... era meu para-raios.

Que mais? Nesses lugares eu falava em línguas - não me pergunte quais, mas eu me entendia com quem quer fosse bastando um olhar para ser correspondido e 'deles', tudo que eu esperava, acontecia. Que mundo era aquele? Foram anos e toda vez que amanhecia eu voltava a vestir sombras e nelas vagava sem destino esperando sempre o pior sem antes ingerir uma nova dose...

Isso é vida? Para alguns, sim, mas pessoalmente, era a morte em vida. Os sonhos não eram mais fantasias e a realidade sim, eu encarava como algumas horas no sepulcro - não importava o quanto eu utiliza as força para sair dela, pois jamais conseguia me libertar e mesmo que o fizesse, minha mente continuava tão perturbada como no dia que tudo aconteceu.


Manoel Claudio Vieira - 05/10/2015 - 02:02h
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