quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Alma

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A espera é difícil

O tempo não parece passar

Não quero fechar os olhos nem adormecer

A falta que sinto não me impede de viver, mas muito fica para trás.


Difícil esquecer o que se foi

Embora difícil uma historie foi deixada para trás

Não era muito, mas era tudo que eu tinha.

Jamais imaginei sentir falta do que me impedia de amar


A vida tem dessas coisas

Não é de hoje que os homens sofrem por amor

Muitos perderam tanto que hoje qualquer coisa a menos

Mesmo benéfica, trás o sentido da perda e com ele aflora a dor.


A espiral do tempo diuturnamente mostra sua face

Pelo ocorrido, algumas paisagens são difíceis esquecer.

Muitos dos fatos se repetem, mas a intensidade não é a mesma.

Muito se perde muito se ganha, enfim, são regras que a vida tem a oferecer.


Jovens meninas sonham um dia viver um amor platônico

Era divertido imaginar o que e quem seria esse amor

Mães que ensinaram suas filhas a dançar ao som de um beijo

Hoje retornam ao passado projetando nas netas seu fulgor


Alma... eu queria te ver sorrir ao abrir novas portas

Imaginei você igualzinha ao que era no passado

Braços abertos, rostinho sereno, mas não...

Você me olha como um estranho que para trás deixou seu legado


Que há com você? Não me ama mais?

Não pensou que você não vive sem mim nem eu sem você?

Vem cá... me da um beijo bem gostoso

Sem conteúdo não somos nada, nem eu nem você


Manoel Claudio Vieira - 21/02/24 - 03h47min

http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/

HP médica-neurologia.




sábado, 10 de fevereiro de 2024

Ao vencedor as batatas

 Ao vencedor as batatas


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Quando a conheci não levei a sério meu coração

Sabia que algo tinha acontecido, mas não podia imaginar

Com a delicadeza das noites, algo tocou minha mente

No meu canto, sem pressa de viver, comecei a desvendar


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Sem pensar na vida, o tempo foi passando

Cada qual em seu canto amargando sua dor

O preconceito nos bloqueava para a história

Por fora interpretávamos felicidade, por dentro vivenciávamos a falta de amor


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Não tínhamos muito o que falar

Um presente difícil e um passado problema tico impedia novas incursões

O medo da história voltar e ressentir o amargo do passado

Esvaziava a mente destruindo expectativas de uma nova relação


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De minha parte, dos meus não queria ninguém por perto

Num passado não muito distante consenti que vivessem por mim

Depositário de frustrações alheias, não queria mais nada além de distancia

Os ranços do passado eram fortes para azedar uma nova história neste interim


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Demorei para perceber o quanto perdi meu tempo

Cansei de dar ouvidos ao “fiel da balança” como se este fosse decidir a meu favor

“Cala boca, fica quieto, faz o que os outros mandam” era regra geral

Ao dar adeus a esse mandamento recuperei meu próprio amor


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Começar do começado - foi assim que principiei ter vida própria 

Sei que é difícil explicar, mas assemelha-se a história do pássaro criado em cativeiro

Solto na natureza, perde a noção de si, tempo, espaço e por isso falha miseravelmente 

Mas com o tempo aprende que é o herói de si mesmo vivendo sua história por inteiro


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Manoel Claudio Vieira – 10/02/24 – 03:09h


domingo, 4 de fevereiro de 2024

Nada é por acaso


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Não é por acaso que tudo acontece

A vida passa, mas nem sempre encontramos nessa caminhada boas companhias

Quando ocorre, o tempo que muitas vezes demora chegar, agora voa

E quando damos conta deixamos passar quem teria sido o amor de nossos dias


São tantas as decepções, as histórias glamorosas que não deram em nada

Acabamos deixando de lado gente boa imaginando serem mais uma mentira

Nessa toada, muitos que passaram para sempre ficarão em nossa memória, mas

A fila anda, as histórias se repetem e quem sabe amanhã será um novo dia


Muitas vezes o adeus deixa uma serie de ranços

Coisas que há muito poderíamos ter deixado para trás

Ocorre que a ferida foi tamanha, a decepção enorme

Passe o tempo que for, quando os fatos voltam a mente, revivemos o tempo fugaz


Perdesse a conta do quanto nos deixamos levar pelas aparências

Pessoas que se colocavam como celebridades, mas nunca passaram de uma ilusão

Noite adentro as histórias se repetem e nesse redemoinho reencontramos

Tesouros perdidos, muitas vezes tão ou mais sofridos que nosso coração


A verdade, por mais possa causar dor, liberta

Nas horas difíceis, conhecimento é poder

A sabedoria nos capacita caminhar a frente dos demais

Mentira alguma sobrevive a um vindouro amanhecer


Divino mestre, soberano Senhor

Toca com tua espada meu coração

Minha mente brinca com o tempo decompondo o dia em noite

Destrói de vez meu ser ou acolhe esta alma em tuas mãos

 

 

Manoel Claudio Vieira – 04/02/24 – 03:05h

http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/

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