Apesar de possuírem uma beleza estonteante, certas pessoas
em nossa sociedade não passam de híbridos em relação àqueles que um dia tomaram
para si como heróis. Fato curioso ocorre quando as observo usando a tecnologia,
ou seja, apesar de conectadas em tempo real à realidade (em geral com
dispositivos de ultima geração), no fim das contas permanece alienada frente o
novo.
Isto se dá porque noticias que dariam nota de
repudio por conterem em seu conteúdo fatos referentes as últimas tendências em
"seja lá o que for” quando recheados por uma serie de "efeitos
especiais" ganham magnitude impar desviando atenção do que de fato é
importante (a vida) para eventos supérfluos de uma sociedade doente. Evidente
muita manipulação muda o rumo de algumas coisas, porém o livro pela capa é o
que menos importa a quem vê mais à frente.
Neste sentido, o maior dos contra-sensos por mim presenciado
aconteceu há mais de duas décadas por ocasião da invasão americana no golfo
pérsico; um repórter de uma conceituada emissora relatava em voz entusiasta a
formosura do bombardeio das tropas norte americanas chacinando habitantes
indefesos e, segundo ele, explosões, vôos rasantes e incêndios desproporcionais
lembravam os videogames da época.
Pois é... Infelizmente é assim que certos indivíduos vêem a
vida e o homem, ou seja, um vaivém de interesses frente à sociedade onde na
função de protagonistas de si mesmos, colocam-se vez ou outra como guardiões da
justiça e da ordem esquecendo que o ser humano por mais inculto seja tem dentro
de si um espírito que o move a realizar, ser feliz e viver sem toda essa
parafernália o alienando frente ao que a vida é.
Manoel Claudio Vieira – 20/12/2012 - 01:34h