terça-feira, 23 de abril de 2024

Fantasia

 

 

 

Num mundo de fantasias, muitos firmam sua realidade

Por fora, tudo muito integro, real, invulnerado

Por dentro, seres mergulhados num mundo de contradições

Por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento

 

Assim como os semelhantes se atraem, os contrários se repelem

Não dá para viver plenamente num antro de salafrarios

O preço de uma história é muito alto

Não se troca uma existência pelo valor de um punhado denarios

 

Nesse mundo bestial e procrastinador

E difícil manter as aparências sem perder o viço

Muito embora a alma não morra, o interior grita:

“Beleza roubada se perde no tempo assim como o amor no vicio”

 

Bem verdade o amor em todas suas vertentes é lindo,

A pior das dores é quando se deixa alguém quando de todas as formas a procuramos conservar

Difícil discorrer sobre o que passou e o quanto essa aflição corroeu

O eu lírico de um amor platônico se perde quando a realidade passa a vigorar

 

Assim como não existe vitória sem dor

A vida renasce a cada amanhecer

Feito sol no horizonte, tempo bom ou ruim, ele sempre aparece

E a história nos convida a todo dia renascer

 

 

Manoel Claudio Vieira -23/04/2024 – 03:48h

sexta-feira, 29 de março de 2024

O dia que passou

 



Veja o dia que passou

Pense no tempo em que tudo parecia igual

Os obstáculos que encontrava em seu caminho

Pareciam maiores do que realmente são, tudo estava fora do normal

 

Após uma viagem tempo/ espaço

As nuvens negras que pairava no horizonte se dissiparam

Deram lugar a uma paisagem muito diferente

Não parece que os olhos que veem o mundo são os mesmos depois que as coisas clarearam

 

São muitos os obstáculos que encontramos pelo caminho

Muitas são as estradas que vida afora podemos tomar

Quando não for possível atravessar a tempestade do destino

Enormes são as possibilidades de um mesmo problema contornar

 

Não se deixe abater pelo mal que te causaram

Tudo nesse mundo tem um propósito de vida

Talvez uma fase mais difícil demore passar

Jamais se esqueça que você é o número em sua lida

 

Agora e para sempre, siga seu caminho

Trabalhe com afinco seus planos, a vida é o que fazemos dela

Por mais o mundo de voltas, você é e sempre será o número um

O sujeito que te bajula quer mais que você abra mão dela

 

Nossos olhos são os verdadeiros espelhos d’alma

As janelas que dão para o mundo continuamente necessitam ser renovadas

Um ou outro problema mais severo, um dia passa

Liberte-se de suas próprias mãos pois é longa a jornada

 

Manoel Claudio Vieira – 29/03/24 – 04:45

http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/

HP médica-neurologia.








quarta-feira, 6 de março de 2024

Ainda resta uma esperança



Entre o céu e a terra há toda sorte de existências

Maioria bem viva, outras hibernando

Aos primeiros raios de sol, vem a porta 

O instinto de viver os motiva viver cantando


E assim o dia nasce,

Cotidianamente, a história toma rumo

Cada qual com sua luz iluminando caminhos

Os ‘evoluídos’ vivendo na obscuridade seu exilio mundano


E assim a vida passa...

Muitas são as vezes onde deixamos passar o que seria nosso

Depois lamentamos o vazio que ficou para trás, mas é tarde

Nos resta livrar do peso que carregamos, pois, o tempo não volta 


Além da loucura, o mundo vive de batalhas

Nada se pode esperar se os valores humanos forem abandonados

Uma nova ordem fincada num algoritmo qualquer

Certamente fara florescer humanos por maquinas criados


Afogados no silencio, sem tempo de escolha

Sem espaço para criar nem fazer as coisas mudarem

O mundo perde sentido, a motivação submerge a força

Homens presos a destinos outros e sua própria existência negarem


Va com calma meu amado

Deixe de ser seu próprio inimigo

De uma chance a si mesmo

Volte a criança em seu interior, ela sim é seu amigo



Manoel Claudio Vieira – 06/03/24 - 01:56

http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/

HP médica-neurologia.


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Alma

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A espera é difícil

O tempo não parece passar

Não quero fechar os olhos nem adormecer

A falta que sinto não me impede de viver, mas muito fica para trás.


Difícil esquecer o que se foi

Embora difícil uma historie foi deixada para trás

Não era muito, mas era tudo que eu tinha.

Jamais imaginei sentir falta do que me impedia de amar


A vida tem dessas coisas

Não é de hoje que os homens sofrem por amor

Muitos perderam tanto que hoje qualquer coisa a menos

Mesmo benéfica, trás o sentido da perda e com ele aflora a dor.


A espiral do tempo diuturnamente mostra sua face

Pelo ocorrido, algumas paisagens são difíceis esquecer.

Muitos dos fatos se repetem, mas a intensidade não é a mesma.

Muito se perde muito se ganha, enfim, são regras que a vida tem a oferecer.


Jovens meninas sonham um dia viver um amor platônico

Era divertido imaginar o que e quem seria esse amor

Mães que ensinaram suas filhas a dançar ao som de um beijo

Hoje retornam ao passado projetando nas netas seu fulgor


Alma... eu queria te ver sorrir ao abrir novas portas

Imaginei você igualzinha ao que era no passado

Braços abertos, rostinho sereno, mas não...

Você me olha como um estranho que para trás deixou seu legado


Que há com você? Não me ama mais?

Não pensou que você não vive sem mim nem eu sem você?

Vem cá... me da um beijo bem gostoso

Sem conteúdo não somos nada, nem eu nem você


Manoel Claudio Vieira - 21/02/24 - 03h47min

http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/

HP médica-neurologia.




sábado, 10 de fevereiro de 2024

Ao vencedor as batatas

 Ao vencedor as batatas


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Quando a conheci não levei a sério meu coração

Sabia que algo tinha acontecido, mas não podia imaginar

Com a delicadeza das noites, algo tocou minha mente

No meu canto, sem pressa de viver, comecei a desvendar


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Sem pensar na vida, o tempo foi passando

Cada qual em seu canto amargando sua dor

O preconceito nos bloqueava para a história

Por fora interpretávamos felicidade, por dentro vivenciávamos a falta de amor


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Não tínhamos muito o que falar

Um presente difícil e um passado problema tico impedia novas incursões

O medo da história voltar e ressentir o amargo do passado

Esvaziava a mente destruindo expectativas de uma nova relação


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De minha parte, dos meus não queria ninguém por perto

Num passado não muito distante consenti que vivessem por mim

Depositário de frustrações alheias, não queria mais nada além de distancia

Os ranços do passado eram fortes para azedar uma nova história neste interim


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Demorei para perceber o quanto perdi meu tempo

Cansei de dar ouvidos ao “fiel da balança” como se este fosse decidir a meu favor

“Cala boca, fica quieto, faz o que os outros mandam” era regra geral

Ao dar adeus a esse mandamento recuperei meu próprio amor


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Começar do começado - foi assim que principiei ter vida própria 

Sei que é difícil explicar, mas assemelha-se a história do pássaro criado em cativeiro

Solto na natureza, perde a noção de si, tempo, espaço e por isso falha miseravelmente 

Mas com o tempo aprende que é o herói de si mesmo vivendo sua história por inteiro


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Manoel Claudio Vieira – 10/02/24 – 03:09h