segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O astronauta


Das lembranças que tenho guardado com carinho, com certeza a descida do homem na lua é uma delas e vejamos o porque: enquanto Pedro Álvares Cabral, Cristóvão Colombo, Vasco da Gama e cia cruzavam os mares em busca de novas terras, Yuri Gagarin, Edwin Aldrin e Neil Armstrong entre outros foram aqueles desvendando novos mundos, comparação inevitável em se tratando de desbravadores.

As caravelas de outrora foram substituídas por naves espaciais com nomes lembrando os deuses da mitologia grega - Apolo, Orion, Columbia, Chalenger e outros tantos numa clara alusão a algo além da condição humana e o que antes parecia fantasia aos poucos se tornou realidade e, quem sabe, neste imbróglio todo, a vaidade humana talvez tenha sido a mola mestra a dar um plus nesta busca, ou seja, enquanto os russos se vangloriavam de ter seu compatriota Yuri Gagari como o primeiro homem a orbitar a terra, os americanos por seu lado foram os primeiros a descer na superfície lunar numa clara alusão de supremacia, mas o que se pode esperar de uma espécie procurando novos mundos enquanto o que habitam padece de um bem estar maior? Nada ou quase isso.

Triste constatação ou realidade nua e crua? Não há como negar a historia, ciência e a tecnologia, porém é bom lembrar que enquanto educação, saúde, segurança e transporte são negligenciados, projetos de alguns bilhões são queimados e o homem, ora... que se vire em seu mundinho vivendo a vida alheia das novelas, programas insanos e quem sabe, fazendo de conta que a vida lá fora é a real e não como a que ele vive.


Manoel Cláudio Vieira – 27/08/2012 – 04:32h
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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Canção do tempo


Canção do tempo
Coração, sentimentos de amor e emoção.
Versos de ternura...
Cabeça vivendo a razão


Amor impossível
Impensável convivência,
Amor não perece
Doce querência


Vem forte, menina...
Sacode a poeira...
És para mim mulher preciosa, porto seguro.
Eu, simples estaleiro.


Amor vagaroso...
Todo dia, se descobre...
Contraste do amor...
O tempo cobre


Cola minha boca...
Seja o meu prazer...
Beijo teus seios...
Neles, desejo viver.


Quero-te feliz...
Em teu rosto desejo um sorriso.
Atos de amor, tijolinhos coloridos.
Construindo dia a dia o nosso paraíso


Laça meu coração...
Abandona a dor implícita na memória...
Unidos, lado a lado...
Somos o retrato de uma doce historia



Manoel Cláudio - 20/07/2007 - 00:16h.

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Sereno Serenou


Fruto do Sol
Satélite em Terra
Molécula de vida
Continente... incontinente espera.


Fura céu
Cruza negrume
Cinge fronte
Brilha; ninguém esta imune


Aquece coração
Flor cálida de poder
Estrela de luz
Não perca bem-querer

Qual dor latente
Vai - volta aos poucos
Semântica de vida
Chamam de louco


Infantil; obediente
Fruto híbrido sem historia
Encobre aflição
Fica na memória


Levanta, segue passos
Compasso de poder
Quebranta laços
Vai viver


Não deram porquês
Tampouco, espaço.
Ficaste ao leu,
Com medo dum fracasso.


Do beijo... medo
Ensinaram conviver ?
Não... Levanta de novo
Faz parte do viver


Renasce outra vez
Foste embora sem perceber
Vergonha dos outros – não
Começa do começado seu viver


Com ciência
Ganhe consciência, historia
Não tem medo do mal das quedas
Dogmas ? Demências inglórias.



Manoel Claudio Vieira – 27/08/2004 – 12:20h


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Além do coração

A existência instrui
Coexistir é um dom incisivo
Transformar desacertos em aprendizado
Muitos são os argumentos validos, mas nem todos conclusivos.


O melhor de si
Sempre irrompe de dentro para fora amealhado
Nem sempre em forma serena
Raramente sem necessitar ser lapidado


Muitos são os que produzem
Dando de si além das próprias dores
Algumas vezes cobrados pelo que não fizeram
Às vezes por nada, outras em troca de favores.


Sociedade hipócrita
Corrupção é a moeda da recompensa
Cobrando dos que fazem acontecer
Dando de si nada além de influencia


Dons d’ alma
Arte fina, verdadeira que a historia seduz.
Externados em arranjo de arte
Irrompendo o sol, abrandando a luz.



Manoel Cláudio Vieira – 20/08/2012 – 04:12h

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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Doces lembranças

Acate a vida
Acalente o miúdo em teu coração
Viva intensamente, se atreva;
Sonhe e de asas a imaginação


O amor é maior
Muito nele não ha como prever
Pode ser leve, forte, duradouro ou breve.
Tudo depende de como você faz a vida acontecer


Tropeços na historia
Sair de si assusta.
Habituar-se ao além
Idas e vindas numa amarga permuta


Assumir seu dia a dia
Ser franco nos desejos
Responsável pelo que faz
Encarar a vida como arte do solfejo


Despertar bem
Ter por si compaixão
Aprender com erros, seus e em especial, alheios.
Dar graças pelos que se foram sem ferir seu coração


Universo é perene
O equilíbrio nele é uma razão
Viva em paz com os pequenos
Providencia retribui sua gratidão


Estou em paz
Assumo a dimensão de meu ser
Nem muito nem pouco, essencial.
Viver faz a vida acontecer.


Manoel Cláudio Vieira – 14/08/2012 – 05:00h

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Os sons do silencio.


Ouça meu coração
Ele tem muito a lhe dizer
Mais que palavras ele fala de amor
Sentimento único ele tem por você


Certos dias ele parece um girassol
Alguém receoso em te perder
Esquece a vida, deixa de refletir.
Seus olhos, destino...todos voltados à você.


Racionais não sofrem
Determinam a existência empregando raciocínio
A razão de um coração não se explica
Neste mundo é um estranho no paraíso


Sem razão às vezes chora
Perde um pouco o encanto de sua beleza
Abre-se num vazio incompreensível
Sorri sem graça e atribui ser esta conduta parte de sua natureza


No silêncio da noite, busca o sol.
Pensa nele fulgindo sua vida
Mal desponta, esconde.
Sua presença não comporta sua partida


É hora de partir
Deixar o que se foi sem chorar pelo passado
Marcar a vida pelos momentos felizes
Fazendo dos ruins, aprendizado.



Manoel Cláudio Vieira 31/12/2011 – 05:28h.
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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Mensalão


Sempre perguntei porque uma mente mediana é incapaz de resolver questões sem contar com "moletinhas", ou seja, ajuda externa. De inicio não encontrava resposta ate observar que os mesmos em seu dia a dia são justamente aqueles apontando falhas sem preocuparem-se com o espaço que lhes cabe quando solicitados a contribuir, ou seja, não se nota diferença entre o mesmo trabalhando ou deixando de existir.

É bem este o tipo de funcionário vivendo o faz de conta em empresas sem expectativa vindoura embasada em produtividade; em geral são os primeiros a aparecer em colunas sociais, porém os últimos a dar contribuição efetiva ao desenvolvimento de seu setor. Seu papel figurativo transpassa a idéia de firmeza que logo se desfaz na prestação de contas ao final de tempos, ou seja, entra ano, sai ano, tudo continua mesma coisa.

É este o retrato de um governo pagando “mensalão” a políticos de outras correntes em época de votação para aprovarem emendas/leis a seu favor, ou seja, por fora esses votos tem um ar de legalidade, porém no intimo as questões ficam amarradas ao “nois cum nois”: enquanto um finge governar o outro finge trabalhar e quem paga por essa mamata (via impostos) são os contribuintes. Pão e circo – se isso começou em Roma não saberia dizer, mas que por aqui isso ganhou doutorado com tese alheia, a mais pura realidade.


Manoel Cláudio Vieira –07/08/2012 – 01:15h.

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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O dia que a terra parou


Após desacertos
Analises sobre idêntica questão
Estou em paz com a consciência
Se errei rogo a Deus solução


É bom tê-la ao lado
Curtir contigo a noite vazia
Sei que o mundo é perigoso
Muito mais aquele embasado em fantasias


Amigos... mentiras têm perna curta
Muitos são aqueles revivendo o passado
Alguns as voltas com experiência distantes
Outros nunca perdidos e noutro reencontrados.


Nas trilhas da vida encontrei serenidade
Jamais aceitei a existência como destino solto
Há muito que fazer pelo sistema
Começando por mim e não pelo outro


O amor ... ele une as pessoas
Bem verdade encontramos também ciúmes e toda sua fluidez
Surpresos, cercamo-nos de espadas.
Afinal ele é o câncer que amealha toda insensatez


Segue em paz
Teu ser é pleno e irradia luz
Perene, teu olhar sorri dia a dia.
Tua companhia me seduz.



Manoel Cláudio Vieira – 06/08/2012 – 04:35h

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