quarta-feira, 29 de outubro de 2025

As faces do oculto



Entorpecidas pelo silêncio 

Lá vão as marionetes mundanas vagando pela estrada 

Com um buraco no peito sangrando

 Se perderam pela vida e já não conseguem mais viver sem estar anestesiadas.


Falam de eventos terrenos como se especialistas fossem, mas

 O vazio que escondem, nada pode completar. 

Cansaram de viver a vida alheia como fantoches, 

Seres perdidos na própria existência; mesmo por breves momentos não vivem: voltam a interpretar.


Podem conviver com coisas belas, mas jamais aprendem o valor da graça.

 A maioria de seus bens, o dinheiro que têm pode comprar. 

O problema é que desconhecem o que é virtude e optam pelo ambíguo. 

Se pela vida não aprenderam, nem fazem ideia do que seja verdadeiramente um amor conquistar.


Na passagem da infância para a adolescência, 

Quando se viram livres, foram tomadas de pânico e terror. 

Tudo que outrora parecia belo e faceiro pertencia a outros e, como tal,

 A cobiça as invadia e para si almejavam o que outros conquistaram com trabalho e suor.


E assim passaram os anos... um desapontamento atrás de outro

A criança que ao se imaginar adulta tudo fosse mudar, cresceu

A mão que apedrejava continuava a mesma, mas dessa vez tinha companhia

De carrasco e refém de si mesmo sua história pela linha do algoz, sucedeu.


E assim passaram os anos... um desapontamento atrás do outro.

A criança que, ao se imaginar adulta, achava que tudo fosse mudar, cresceu. 

A mão que apedrejava continuava a mesma, mas dessa vez tinha companhia.

De carrasco e refém de si mesmo, sua história pela linha do algoz sucedeu.


Manoel Claudio Vieira – 29/10/25 – 01:52h




.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Esteja a vontade para escrever seu comentário