sábado, 10 de fevereiro de 2024

Ao vencedor as batatas

 Ao vencedor as batatas


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Quando a conheci não levei a sério meu coração

Sabia que algo tinha acontecido, mas não podia imaginar

Com a delicadeza das noites, algo tocou minha mente

No meu canto, sem pressa de viver, comecei a desvendar


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Sem pensar na vida, o tempo foi passando

Cada qual em seu canto amargando sua dor

O preconceito nos bloqueava para a história

Por fora interpretávamos felicidade, por dentro vivenciávamos a falta de amor


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Não tínhamos muito o que falar

Um presente difícil e um passado problema tico impedia novas incursões

O medo da história voltar e ressentir o amargo do passado

Esvaziava a mente destruindo expectativas de uma nova relação


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De minha parte, dos meus não queria ninguém por perto

Num passado não muito distante consenti que vivessem por mim

Depositário de frustrações alheias, não queria mais nada além de distancia

Os ranços do passado eram fortes para azedar uma nova história neste interim


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Demorei para perceber o quanto perdi meu tempo

Cansei de dar ouvidos ao “fiel da balança” como se este fosse decidir a meu favor

“Cala boca, fica quieto, faz o que os outros mandam” era regra geral

Ao dar adeus a esse mandamento recuperei meu próprio amor


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Começar do começado - foi assim que principiei ter vida própria 

Sei que é difícil explicar, mas assemelha-se a história do pássaro criado em cativeiro

Solto na natureza, perde a noção de si, tempo, espaço e por isso falha miseravelmente 

Mas com o tempo aprende que é o herói de si mesmo vivendo sua história por inteiro


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Manoel Claudio Vieira – 10/02/24 – 03:09h


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