quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Os mortos vivos


Não ha mais dor
Nem mais sofrimento
Tudo se foi num instante
O que para você era afeto para mim, tormento.


Perdi minhas feições
Mas nada disso por aqui é importante
Parte minha se foi e distante, renasceu.
Aprendeu com o passado convivendo com o presente


Sombras vagando em meio a luzes
Muitas piscando sem controle
O inferno batendo as portas
O medo distorcendo ansiedade, aflição, matando amores.


Num instante tudo se foi
Culpas, mágoas... ânsia de viver se foi, mas a vida aflora... Apavora.
Nada mais resta, tudo fugiu, se perdeu.
Realidade foi embora


Desgraça...
Faz o que eu digo e vê se me escuta
Este mundo não é lugar para você
Posso ser a louca, mas você assume as culpas.


Esta com fome? Come pão.
Esta com sede? Bebe água
Quer brincar? O mundo é perigoso
Fica em casa e não sai na rua


Mamãe te ama
Ela te quer em seu ventre absorto
Sufocado, silente, morto vivo.
Mas sempre bem cuidado entre os mortos



Manoel Cláudio Vieira – 12/12/2012 – 15:00h
http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/
HP médica-neurologia

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