Tímidos por natureza
Vivem o mundo na mais plena solidão
O medo que os persegue dia a dia
Coloca na berlinda as coisas do coração
Os ditames duma sociedade
Renega-os a escravos da rejeição
Escachados pela própria imagem
Põe a pique à auto aceitação
A angustia de se sentir abandonado
Dilacera todo cerne do bem-querer
Frutos vívidos dum passado
Corroídos pelas coisas do viver
As lagrimas, volta e meia correm.
Semelhantes são ao sangue em seu ser
Gotas tímidas dum inicio de aurora
Razões frigidas de jeito de conviver
Essa angustia que os confirma
Originadas foram pela super proteção
Fizeram-no camizes duma ordem
Que renegam as coisas da paixão
Quando se entregam, desdobram-se
Feito fabricas em super produção
Ao rematar uma cópula
Inda sentem, rejeição.
Rasgando barreiras tempo/espaço
Num só mergulho dividem seu coração
Brotam a vida em sociedade
Renegando tudo menos o perdão
Quer coisa mais pictórica ?
Aflorar a vida depois duma convulsão?
Ausentes estiveram do mundo
Feito náufragos num mar de interrogação
O choque da volta... desatina
Desarranja tudo em forma de rejeição
Quando se equilibram ao cotidiano
Resta inda o pavor por tamanha interrogação
São iguais a todo mundo
É o que dizem para não machucar
Mas ai é que reside
A razão do constrangimento, do abandonar
Quando encontram um alguém que os apoquente
Sentem pela vida, desamor.
Essas idas e vindas desatinadas
Destrambelham qualquer um exceto aqueles sem amor
Essa riqueza d’alma
Encoberta fica, mas lá esta
O que não se pode nesta vida ?
Ficar avesso ao mundo sem pestanejar
O salvo-conduto se consegue
Quando corpo e alma se entregam ao médico a clinicar
Controle é a palavra mestra
Para um melhor despertar
Manoel Cláudio Vieira–06/04/2003
http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/
HP médica-neurologia
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