quarta-feira, 23 de maio de 2012

Rapsódia em equinócio


Silente mulher
Incógnita beleza
Via-láctea do mundo
Própria da natureza


Aos poucos, devagar
Fraca ? – não; ironias de vidas
Noites sem luar
Horas maldormidas


Dia... instantes de luz
Noite, eternidade, encanto
Em equinócio, a draga conduz
Iguarias sob um manto


Paira no ar
Brisa em ondas
Flor a despontar
Um d’outro sem delongas


Escuta a golpe
Tempo passa, bate forte.
Dói n’alma a magia
Desnuda foi à sorte


Rasga a sombra
Chuta fora a fonte do nada
Junto a teu peito
Tens a cabeça da amada


Vem em tempos
Qual cantiga dum sertanejo
Tê-la nos braços
Bem melhor que um só desejo


Amar... bem mais
Realidade, jamais moldura
Um chave
Outro... fechadura.


Manoel Claudio Vieira - 17/09/2004 - 11:00h

http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/
HP médica-neurologia

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