quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Papai Noel...Papai dos Céus.

Quem nasceu num lar despedaçado onde a figura paterna não existiu (morte) sabe bem o quanto é penoso lidar com amiguinhos brincando com presentes recém adquiridos quando você, no máximo tem uma roupa nova para desfrutar como oferta.

Natal, ano novo, páscoa, aniversários foram (e ainda são) épocas dolorosas e embora meu emocional estivesse sugestionado pelos demais a me portar como alguém alegre num ambiente festivo, não era assim que eu me sentia e diferente dos demais, buscava isolamento sem entender o porque em meio a uma multidão eu era o único a não compactuar felicidade e sim pesar mesmo sem saber o significado.

Os anos se passaram, tomei consciência gradativa do sentido e valor de um pai na vida de uma criança porem as cicatrizes adquiridas foram tantas e tamanhas que ate hoje não consigo conviver bem nessas épocas; minha saída, válvula de escape e fio terra foi e ainda é dar graças ao Pai Celestial por acolher minhas lagrimas como símbolo de fé e esperança nas promessas de um dia finalmente eu chorar, mas desta vez, sorrindo.


Manoel Cláudio Viera – 21/12/2011 – 03:21h

http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/
HP médica-neurologia

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