Sei que nas entrelinhas você pode me ouvir
Sei também o quanto dói o convívio sem verdadeiramente se
entregar
Como deve ser difícil encontrar a palavra certa para balizar
o contorno de um amor
Quando se vive preso a compêndios que um dia nos fizeram
regurgitar
Somos de uma geração onde a realidade era permeada por
sonhos
Na mais tenra idade, muitos ousaram viver um pouco além da
imaginação
Verdade muitos feriram ao delimitar aqueles que um dia sofismaram
amor
Ferindo de morte as entranhas na mente demarcadas pela razão
Quando alguém entra em nossas vidas, 
Ser algum é solitário o suficiente para não se render
Porém quando se brinca com o amor de alguém
Difícil escapar sem deixar marcas nem consequências em seu
viver
Podemos nos sentir solitários,
Esperar o tempo passar quando poderíamos nele viver
Arquitetos d’alma desenganadas em busca de conteúdo
Olhando para o vazio esperando que do nada algo possa
acontecer
Necessário alisar as arestas, desbastar um pouco do verniz
Rigidez é coisa de pedra e inconscientemente cometemos
grandes lambanças
Externar o que por anos foi reprimido e nos fez calar, dói
Maquiar a dor é mais dolorido que conviver com lembranças
Manoel Claudio Vieira – 11/10/25 – 04:27h 
 
 
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