quarta-feira, 30 de julho de 2025

No compasso do tempo


Somos livres para viver e forjar nossa historia

Liberdade, juventude e redenção são lemas a serem vivenciados

Como pássaros livres buscando sua ventura neste mundo

O que esquecem é que vivemos num sistema que nos foi emprestado


Muitos não sabem onde estão e para onde estão indo

Nem ao menos se importam para verificar seu destino

Apenas se afastam do que julgam convencional

Dizem ter a mente aberta sem assumir o que lhes dá no tino


Por um breve período, dessas consequências são perdoados

Faz parte da vida aprender com os erros

Ocorre que alteram absolutamente a situação

O que outrora era certo passou ser caminho do desterro


Muitos são os que tem o coração como uma porta aberta

Ocorre que ele é enganoso e não se vive de filosofia

A vida é plena e não se vive duas vezes

Quanto mais cedo se aprende, melhor as vivencias do dia a dia


A língua é como um punhal afiado

Quem não sabe lidar com ela pode se machucar

Assim como o amor não declarado é aquele que fica

Atos impensados destroem compilações que poderiam prosperar


Perdão se toquei num ponto que causa dor

Mas esta é a visão que tenho da vida

Para quem não tem muito mais a viver, paciência

Dei meu recado, tenho meus valores e não sigo sua lida


Manoel Claudio Vieira – 30/07/25 - 04:46h

domingo, 27 de julho de 2025

Escrevendo no Cérebro.

 Escrevendo/pintando no Cérebro



Verdade que o tempo leva embora parte da massa encefálica que vem com as pessoas assim que são apresentadas ao mundo, sejam pelo envelhecimento natural ou por traumas ocorridos ao longo dos anos de vida. Procurando superar esses contratempos (naturais ou não), por conta de uma neurocirurgia ocorrida em 2002 com a retirada de uma parte lesada de meu cérebro, atualmente procuro criar novas terminações nervosas estimulando o crescimento dos neurônios de forma ampliar essa rede da maneira mais natural possível, ou seja, colocando em pratica atividades intelectuais de maneira sentir um enorme prazer em findar esse exercício conciliando o útil ao agradável.

Tendo como base o desenvolvimento de habilidades que desenvolvi desde tenra infância, principal delas, a leitura e a consequente escrita, sempre gostei de ler e meu estopim foram almanaques usados vendidos numa determinada banca da feira livre onde minha mãe comprava as revistas que estavam em melhores condições físicas pelo uso.


Sempre que lia, ficava registrado seus principais momentos, a saber e em breves pinceladas, o início, meio e fim. Em geral, durante a leitura, eu observava o comportamento das pessoas frente as variantes ocorridas entre os personagens, porém em mim algo sempre funcionou um pouco diferente, ou seja, a partir da metade de uma história que eu já tinha lido, mentalmente eu desenvolvia um outro final que não fosse aquele do autor, o que de certa forma me transformava num coautor ao dar a processo inicial de criação um novo final, desta vez o meu.

Ao entrar na escola, aprendi nas aulas de português como redigir um texto. Em geral eu me dava muito bem nesta matéria, pois intuitivamente já o fazia a um bom tempo e de forma totalmente intuitiva. Uma curiosidade eram as redações do tipo “ faça uma redação de no mínimo 20 linhas com o tema etc. etc. etc.” Ora, para mim o tema sempre foi o de menor importância já que eu me sentia muito bem fosse ele qual fosse. O problema mesmo eram as 20 linhas que no meu caso eram quase sempre ultrapassadas findando a ideia chave na página seguinte.


Anos mais tarde comecei a pintar – notei em mim uma similaridade entre o pincel e a escrita, mas nunca imaginei um dia colocar os dois frente a frente externando no papel a sensação ao findar o ato de minha criação. Embora os dois me deem imenso prazer, em meu vocabulário não encontro palavras que possam definir a principal diferença entre eles. Creio a melhor resposta esteja na diferença que sente uma mulher durante o ato sexual em relação ao homem nessa mesma jornada, ou seja, um jamais saberá como é o gozo do outro, no máximo, uma ideia do quão prazeroso é. 


Manoel Cláudio Vieira - 27/07/2025 - 22:46h

A vida, o hoje e o amanhã

 

 

Quando você pensar quando foi a melhor época de sua vida

Certamente é porque algo ou alguém tem feito muita falta

As lições que aprendemos vivendo nosso tempo

Induzem-nos a esquecer o que temos e não o que queremos de volta

 

Em geral acreditamos que  o tempo mais frutífero passou

Poucos são os renovam sua historia a cada amanhecer

Dar asas a imaginação são os motores dos sonhos

São eles os aceleradores que fazem a vida acontecer

 

A paz que encontro em meu cotidiano

É a certeza que meus passos estão no caminho certo

O que preciso se resume ao ar que respiro sob o manto do Criador

Tudo mais vem com o tempo, a palavra e momento certo

 

Quando a ausência bater as portas com seu vazio

Quando tudo la fora parecer distante de sua historia

Nada melhor que as saudades preenchendo essa lacuna

Mesmo que ela traga as sombras que ficaram na memoria

 

O amor é lindo e se renova quanto mais o aplicamos

Ele faz eco e renasce pelo tempo avançando no espaço

Cabe a cada timbrar a frequência correspondente ao amor

Que tudo se renova, renasce por maior seja o teu embaraço

 

Já que a maquina do tempo não para e

Demonstrar amor ficou ridículo deixando de ser importante

Esqueça o mundo la fora, abrace seu melhor amigo

O amor é perene, entorpece e floresce mesmo que distante.

 

Manoel Cláudio Vieira - 27/07/25 - 05:02h

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Não brigue com o tempo



Não brigue com o tempo

Há coisas lindas e maravilhosas a serem vividas

O amor verdadeiro, constrói

Não o destrua inventando motivos para brigas


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Já não somos os mesmos, de um tempo, ame a reconciliação

Muito do que aprendemos, um pouco se perdeu

Reconciliação e aprendizado são chaves do sucesso

Resignação e aprendizado .. nosso amor nunca se foi, jamais morreu


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amar é uma reflexão a dois

Poucos talvez entendam sua real profundidade

Jamais deixaremos de arranhar um ao outro, isso é inevitável

O amor não é suficiente se não houver cumplicidade


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Num mundo tão disperso, amar é um ato de coragem

E a construção de um templo de cuidados e segurança

Ações ganham um ressignificado, novo valor

um carinho n'alma trás paz e venturança.


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Em tempos de amor descartável

Quase ninguém procura saber como vai a vida do outro

Se tens alguém que se importa contigo

Es um ser iluminado, bendito sejas um para o outro 


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Cuide do amor... o próprio e o alheio

Na mesma toada, busque dentro de si o bem do outro

Muitos de nos muito cedo fomos levados a conhecer

Porém foi o tempo quem sedimentou seu real valor


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Manoel Claudio vieira - 23/07/25 - 02;48h

terça-feira, 22 de julho de 2025

A flor de meu jardim


 

De que mundo falam os jornais na TV

Cansei de ver e ouvir coisas sem nexo

Se é verdade que o homem do futuro desembarcou neste mundo

Onde estarão, pois o que vejo são pessoas  plenas de complexos

 

E fácil enganar, provocar usando a razão alheia

Essa lábia assemelha-se a retratos em paredes sustentados no nada 

O tempo que se perde acreditando em mentiras bem escritas

Assemelham-se a sonhos onde o vivente sobrevive no nada

 

Crianças querem crescer, viver a plenitude, mas transformaram-nas

Hoje são adultos sem alma, mentes vazias  por vezes vagando feito zumbis

Se esta é a nova realidade, pare o mundo que eu quero descer

O inferno dessa sobrevivência é viver sem nada sentir

 

Posso parecer solitário, mas jamais estou sozinho

Tenho as noites e suas constelações como segunda morada

Não preciso de sais para me sentir alguém

O tempo passou e os sinais do tempo são águas passadas

 

Noite fria, temperatura na casa dos 12 graus

Fechei os olhos para o mundo e os abri só para mim

Encontrei fantasmas ha muito conhecidos

Dispensei – a vida é maior e o meu menino é a flor de meu jardim

 

Graças a vida, graças ao amor pelo presente

Muito aprendi com falcatruas e cabeçadas

Jamais me prostitui para viver o que não sou

O inferno com toda sua solicitude não é minha morada

 

Manoel Cláudio Vieira - 22/07/25 - 03:28h

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Historias sem fim


Pérola guardada pelo tempo

Nosso amor transcende viagens espirituais

O amor que guardo dentro de mim

Não pertence a este tempo e sim a épocas magistrais


Lembranças...diamantes de inestimável valor

Ter você em minha história, dádiva para poucos

Amor e bondade em seus olhos eram um doce manjar

Hoje, ninguém nos entenderia e muitos nos chamariam de loucos


Além da terra, aquém dos horizontes 

Trouxemos para nós as estrelas da noite e a aurora do amanhã

O amor que laboramos não era terreno e permanece

E continua em ciclos feito febre terçã


O que um dia sobreveio ficou marcado para sempre

Nossos encontros acalmavam minha aflição

O que eu mais precisava era uma palavra de conforto, um ombro amigo

Era quase impossível respirar num mundo pleno de ‘nãos”


Disso tudo restou uma mistura de saudades, alegria e tranquilidade

Até hoje, as vezes sento, choro, enxugo as lagrimas e toco meu barco na paz

Desse jeito continuo acreditando em dias melhores pela frente

Vivo minha história me sentindo gente e não um ser cada vez mais incapaz


Neste mundo, seja simplesmente você

Não procure ser o que não é

E com sua estrutura que você tem que se entender

O ouro dos tolos quem busca é quem nem ao menos sabe quem é.


Manoel Claudio Vieira – 04/07/25 – 01:20h