Oposta a vida, a morte não nos traz novidades
O que se foi permanece no passado entregue ao tempo
O que há depois que os olhos se fecham, ninguém sabe, presume-se
Vive-se melhor ao aproveitarmos cada momento
A fome de viver, o alimento que cura
Tudo em nossa história requer uma preparação
Nem sempre o ato de comer é prazeroso
É no preparo da comida que entramos em comunhão
Sem amor, não se pode falar em gratidão
Seria como pregar no deserto
A espontaneidade da alma, o domínio da vontade
Tudo mais seria um grande vazio navegando num mar incerto
Viver num mundo paralelo
Diante da grandeza humana, subjugar o mundo
Necessário filtrar a essência do verdadeiro
Assim como as impurezas da agua pela pedra são depuradas deste mundo
O peso das palavras, as decisões tomadas em soslaio
Pouco se espera de quem nada oferece
Tudo um dia vem à tona e as claras, ilumina
Nada mais resta que ofertar ao desprezível uma pequena prece.
Apesar das aparências, somos poucos
A tecnologia esfriou a vida nos afastando do próprio ser
Intuição e discernimento há muito deixaram de ser nossos dons
Resultando no homem ausente da própria história, seu modo de viver
Manoel Claudio Vieira – 26/02/25 – 05:09h