Sei o quão difíceis foram aqueles dias
Fato muitas coisas não são boas de se lembrar
O passado encerra muito do que se foi, porém
Sempre algo de bom a mente vem à tona arrazoar
O pão nunca faltou, mas foi por pouco
Batatas – fritas, assadas, cozidas, ao molho - abundavam
Ninguém reclamava da rotina asfixiante
De quarto em quarto a lua em suas fases no céu passeava
As noites vinham plenas de pensamentos
Mergulhado em questões, o tempo discorria
As dores se multiplicavam, as promessas, avolumavam
Porem você, incapaz de sentir, nada esquecia
Nessas horas, discretamente eu vinha embalar seu sono
O efeito da medicação facilitava nosso contato
Foram tantas as noites onde viajamos por terras distantes
Falando em línguas e em locais estranhos, a vida serenava
Como um amor que nunca morre, cá estou
Seu passado, bem como o meu foram marcados por uma terna união
Sabemos bem o quanto dele a dor foi decomposta transforando-se em alegria
As memorias desembarcam no presente entoando as antigas canções entre dois irmãos
O tempo pode ter passado, as aguas do rio não são mais as mesmas
As margens pouco mudaram, porém a grama continua verde bem como o céu azul
Pois é.… isso é você em toda sua essência
Passe o tempo que for, jamais perca o rumo sem se deixar levar pelas aparências
Manoel Claudio Vieira – 17/02/25 – 02:59h
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