sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Laços entre laços



O trem partiu e como ele foram juntos alguns anseios

A estrada da vida é longa e é certo um dia ainda iremos nos cruzar

Quinta feira se foi com o tempo, mas é certo que os horizontes se repetem

Dias virão e com eles as lembranças do que fomos irão se reencontrar


A falta de tempo mata parte de mim

Não encontro mais desculpas para adiar importantes decisões

Perde sentindo postergar obras importantes sob um novo prisma

O amanhã se torna mais distante se não levo a cabo algumas ações


 Sei que parece loucura, mas perdi a vontade de viver

Queria dizer o quanto te amo, mas você não me escuta

Inventa coisas que em nada contribuem com o dia a dia

O que era para ser uma passagem serena acaba como um dia de intensa labuta


Preciso dar um tempo ao meu tempo

Sei que isso é sintoma de depressão e que necessito minimamente ficar sozinho

Porém quando estou só sinto sua falta, sua presença fascina

Nas estrelas busco companhia, pois já não vejo mais luz iluminando meu caminho


Um outro amanhã, um só lugar

Qual tempero desandou e por que essa apatia

Não sei o que falta se os trilhos dessa estrada correm paralelos

Talvez a vida lá fora tenha concorrido para essa falta de sintonia


Levando a vida, maquiando a dor

Ajustar arestas, extirpar bizarrices e tudo mais que nela enseja

Espero um dia você não veja como violência...

A mão que afaga é a mesma que apedreja


Manoel Claudio Vieira – 24/01/25 – 03:47h





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