quarta-feira, 20 de novembro de 2024

A gota



O que era para durar se tornou coisa do passado

As coisas de momento deram vez ao que um dia foi duradouro

Quando o certo cede lugar ao passageiro é porque chegou a hora

Feito rebanho, a sociedade errante caminha para o matadouro 


Quando os sonhos de nossa juventude ficam para trás

Quando os momentos de amor se tornam meras lembranças

O peso das palavras se torna uma falácia das antigas

A vida perde sentido e o que era certeza no máximo se torna uma esperança


Sonhos... motores d’alma

Neles somos livres para voar

Atravessamos o tempo sem medo de sofrer

Revivemos os bons momentos renascendo n’alma a vontade de amar


Não se deixe levar pelo que falam

Muitos que estão ao teu lado na realidade estão fantasiados de amigo

Se um dia te ocorrer o pensamento “quando foi que o fogo apagou”, resigne-se:

Viver é uma dadiva quando os fantasmas do passado deixam de ser nossos inimigos


Dispa-se desses valores enquanto é tempo

Volte-se para a vida dando luz ao teu amor

Os segredos mais secretos nem você mesmo os conhece,

Nada melhor que uma alma livre para amar, ser integra libertando a própria dor


Coração, por favor, não vá embora – preciso muito de você

Nas entrelinhas das estações de nossa vida notei que um vazio adormece

Na escadaria do tempo cruzei com estrelas cadentes fazendo vácuo no infinito

As 03;35 o sono ainda não veio e em meu peito o amor pela vida aquece


Sempre pensei que as histórias de amor fossem plenas de um vocabulário de ilusões

Errei, pois em minha história jamais vivi situações equivalentes

Hoje dou graças pelo que fui e sou, afinal...

A gota não fura a pedra pela força e sim por quedas frequentes



Manoel Claudio Vieira – 20/11/24 - 03:58

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