quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Meu menino


 

Do nascer ao por do sol

Num hiato do tempo, a vida passa num segundo

Uma mescla de realidade  imersa em sonhos

Quando no espelho d’alma encontramos prazer fecundo

 

São inúmeras as vezes onde nos perdemos

Maioria delas buscando o novo, encontrando o nada

A vergonha da impotência frente ao desconhecido amedronta

Nos faz sentir a importância do amor pulverizado numa sociedade desregrada

 

Mas assim como se caí, também se levanta

Buscar em si novas vertentes de alegria

Doces momentos, prazer incomensurável

Desnudar a alma dando forma a um texto, nova poesia

 

Jamais pode-se dizer que dessa água não beberemos

O que um dia fizemos esta escrito no livro da vida

Nessas horas o tempo não serve de parâmetro para nada

Desde que estejamos a vontade sem avaliar a partida

 

Assim como a noite torna a amanhecer, estes são os nossos planos

Novo tempo, estrela da manha: acalma este ser

Os problemas que não puder desvendar, não se desespere

Por hoje, contente-se em contorna-los que a vida volta a renascer.

 

No silencio de minhas orações, encontro meu menino

Ele me diz que o que era futuro hoje faz parte do passado

Brindamos a manha com um beijo fraterno celebrando o amor

Assim como Narciso, o homem atras do espelho brinda o presente e o prazer nele reavivado

 

Manoel Claudio Vieira - 21/08/24 - 03:15h

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