sábado, 31 de agosto de 2024

Setembro


Setembro... época de os pássaros começarem a cantar

Boa parte do tempo convocando as fêmeas para reprodução

O tempo passa, as gerações se sucedem

O mundo e tudo mais ocorre com as graças da natureza anunciando uma nova geração


Dias longos, noites curtas – 

O tempo passa com a leveza dos sinais

Aquele que se deixou levar pela conversa mundana

Viveu sem um proposito deixando sua vida para trás


Ser parte deste mundo, mas não se sentir dele

Ver a sociedade entrar em contagem regressiva

Sonho de uns, pesadelo de outros - era do gelo instalada

A realidade degringolando ao tornar-se uma fantasia massiva


Será tão difícil imaginar o momento seguinte

Feito o amor não declarado, a palavra num suspiro ficou no ar

Como pássaro ferido, nas palavras entalho brechas em minha historia

Fecho os olhos, deixo acontecer e não quero mais nada mudar


O que pensar sobre o dia de amanhã, 

Posso ter me perdido no tempo, mas não no espaço

O que levar em conta se não temos certeza do dia de hoje

Simplesmente lanço velas ao vento esquadrinhando a vida no meu compasso.


Obrigado por dar seu tempo lendo esse pequeno texto

Não sei se consegui, mas procurei dentro de mim externar o melhor

Se tivesse que viver novamente minha historia

Creia, não mudaria muito mesmo porque o que muito se mexe sempre fica pior.



Manoel Claudio Vieira – 31/08/25 – 05:40h

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Uma voz que se cala, um exemplo que fica

 

Deu férias ao coração

Em seu tempo, fez o mundo melhor

Encantou as manhas mais obscuras

Pelas ações, enorme legado marcado pela voz

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Um amor que se cala, uma pergunta que fica

Como se desistisse desse mundo, foi embora

Encontrou sua estrela e deu asas ao coração

Deixando uma marca que para sempre ficara na historia

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Mas não foi nada,  apenas deu pausa, uma pequena tregua

Os bons não morrem, mudam sua forma de amar

Feche os olhos e sinta o vento em teu rosto

Como velas, a nau continua singrando as ondas do mar


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Sob os ventos, sobre as ondas

A vida transcorre, não se deixa de viver

A terra deixou de ser sua presente morada 

E o mar com toda sorte de ondas incorporou sua forma de ser


Tudo passa - não é tarde para nada, nunca é tarde para a amor

No dia que amanhece, seja a pessoa mais adorável de sua vida

Aprenda novas formas de ser, navegar tempo/espaço

Nada o impede de saborear o outro lado desta lida

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Viver é uma arte, uma descoberta a cada instante

É desvendar dia a dia os sinais da natureza

Aquele que interage concatenando os fatos cotidianos

Sabe o quanto a vida, apesar dos pesares e a maior das belezas

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Manoel Claudio Vieira - 23/08/24 - 06:28h

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Meu menino


 

Do nascer ao por do sol

Num hiato do tempo, a vida passa num segundo

Uma mescla de realidade  imersa em sonhos

Quando no espelho d’alma encontramos prazer fecundo

 

São inúmeras as vezes onde nos perdemos

Maioria delas buscando o novo, encontrando o nada

A vergonha da impotência frente ao desconhecido amedronta

Nos faz sentir a importância do amor pulverizado numa sociedade desregrada

 

Mas assim como se caí, também se levanta

Buscar em si novas vertentes de alegria

Doces momentos, prazer incomensurável

Desnudar a alma dando forma a um texto, nova poesia

 

Jamais pode-se dizer que dessa água não beberemos

O que um dia fizemos esta escrito no livro da vida

Nessas horas o tempo não serve de parâmetro para nada

Desde que estejamos a vontade sem avaliar a partida

 

Assim como a noite torna a amanhecer, estes são os nossos planos

Novo tempo, estrela da manha: acalma este ser

Os problemas que não puder desvendar, não se desespere

Por hoje, contente-se em contorna-los que a vida volta a renascer.

 

No silencio de minhas orações, encontro meu menino

Ele me diz que o que era futuro hoje faz parte do passado

Brindamos a manha com um beijo fraterno celebrando o amor

Assim como Narciso, o homem atras do espelho brinda o presente e o prazer nele reavivado

 

Manoel Claudio Vieira - 21/08/24 - 03:15h

domingo, 4 de agosto de 2024

O aprisco das ovelhas

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Ovelhas sem pasto

Em seu tempo, Senhor, dá-lhes um destino

A busca pelo pastor é perene, porém

Por vezes, vagam por terras estranhas sem tino

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A cata da paz e do amor verdadeiro

O espirito da justiça se mostra indiferente frente a iniquidade

Não há quem lute por elas e

A mentira dita várias vezes soa como verdade 

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Pelos campos, mares, terras sem fim

A verdade sucumbe face a sofreguidão

Dá-nos a tua paz em nosso tempo, mostra tua face

Faça a vida e o mundo voltar a ter real acepção

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Homens imersos em batalhas desiguais

As armas com que lutam são humanas, irmão

Como o sol iluminando a mais obscuro dos tempos mundanos

Que volte a luz frente a um período de tamanha escuridão

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Desrespeito a família e aos santos 

As portas do inferno foram abertas com tamanha indiferença

Sem maiores delongas, ultrapassaram os limites do bom senso 

Demonstrando o que há por trás de sua real presença

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Das trevas do abandono, ao fim de um período conturbado

Por mais sofrida tenha sido sua passagem, sempre fica uma lição

A vida é um trem onde andamos com muita gente, mas

No aprisco das ovelhas diferenciamos bem quem caminha em outra direção.

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Manoel Claudio Vieira – 04/08/24 – 02:23h