segunda-feira, 6 de maio de 2024

Velas ao vento



A época era de silêncios

O sol não brilhava para ninguém

A alma afogada num sepulcro negro

A vida plena estava subtendida em viver no além


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Não me diga que estava sonhando

Entre quatro paredes o mundo passava

Um velho radio, um lar desfeito, as visitas do anjo

Carrasco e refém se defrontavam em constate luta armada


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A arte não tem governo nem fronteiras, mas

Mesmo o silencio que invade não impede da chama brilhar

Um amor verdadeiro não sucumbe ao tempo nem ao dinheiro

Nada neste mundo nos impede de viver, sonhar e sobretudo, pensar


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Uma nau, um navegante solitário, uma tempestade em alto mar

Ter ciência de si, do poder da razão frente a sociedade desigual

Dificultoso conviver, mas relativamente simples domínio

Quando se domina as rédeas do que é a ilusão e coisa real


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O amor é o que nos mantem

Os ideais não morrem, no máximo se calam por alguns momentos

A dor que nos impingem procura nos afastar dos verdadeiros objetivos

A alma não se cala pois dela parte os verdadeiros sentimentos


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Velas ao vento, o mundo está ai para ser vivido

Não importa o quanto o horizonte pareça distante

O gênio indomável em cada um é que determina

Se a batalha é boa, vence quem for perseverante


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Manoel Claudio Vieira – 06/05/24 - 03:23h




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