terça-feira, 23 de janeiro de 2024

O revés do tempo

 



 Quem espera da vida reconhecimento

Quem confia que nos outros haja um mínimo de comiseração

Esqueceu de viver a própria existência e neste mundo

Conviveu grande parte de sua história num poço de ilusão

 

Quem de si deu o melhor esperando coisa igual

Esqueceu que estar acompanhado nem sempre é sinônimo de companheirismo

Se hoje vive o degredo da amargura da solidão acompanhada

E porque viveu rodeado de pessoas sem conteúdo nem civismo

 

Não se brinca com os sentimentos das pessoas

Todos tem seu mundo secreto e desigual

Não se vive no aplauso envolto em sonhos

Viver sempre foi difícil num mundo absurdamente anormal

 

Muito se fala do amor e da vida, mas

Pouco se conhece o quanto doeu as marcas que nela deixamos

Tire um tempo meditando no que há por trás dessas palavras e

Veras as estações que jogamos fora por aquilo que um dia brincamos

 

Nada se cria sem um mínimo de esforço

Nada se oculta criando em torno de fatos uma verdade paralela

Mentiras tem perna curta e jamais se espera

Quem dá vida nada oferece e dela tudo espera

 

Se assim foi sua história, se assim viveu sua vida

E percebeu que nessa altura do tempo quase tudo se perdeu

Junte o que lhe resta do fluido vital que há por entre os dedos e

Agradeça a Deus por viver não mais o que tem fora, mas dentro de seu coração.

 

Manoel Claudio Vieira – 23/01/24 – 06:12h

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