quarta-feira, 21 de junho de 2023

Lagrima incontida

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Dar férias ao coração

O que outrora ardia em chamas, tornar passado

Ouvir muito, falar pouco, engoli insultos perenes – gema de doenças

Fazer pouco de si, ludibriar o futuro, abandonar seu legado


O olhar que vislumbrava um majestoso horizonte

Aos poucos vem desmoronando logo à frente

O crepúsculo da aurora jamais rematada

O tempo passando, nada se concluí e o vivente perdido, cada vez mais descrente


O que seria a tal felicidade

Quiçá, aquele algo a mais que todo adolescente espera em sua história

Ou seria tudo mais uma bela faceta narrada aos miúdos

Onde no real o protagonista encarna o presente moldando sua historia


Já não importa mais as estrelas nem tampouco, horizontes

Querubins não pensam com a cabeça nem pés no chão

Basta a vida de guardiões das portas do paraíso face ao inferno real

Aos poucos, a existência humana vem se tornando uma enorme decepção 


Apesar de tudo e todos, a vida continua

Por mais idiotas encontremos no caminho, mais leões temos que lidar

Não importa o que digam ou mesmo façam 

Coexistir faz parte da história e é algo essencial ao nosso caminhar


Manoel Claudio Vieira – 21/06/23 - 00:11h






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