segunda-feira, 30 de junho de 2014

Janelas.

 

Da janela de meu quarto
Vi o tempo passar
Tudo parecia sem sentido
Meu carrasco não permitia viver, tampouco amar.

Por muitos anos
Minha mente vagou num mar perdido
De minha cela não via o sol
Era apenas um ilustre desconhecido

Um dia os ventos rasgaram
Os véus d’alma cobrindo a fronte de meu ser
O sol outrora confuso, parado
Brilhou em minha vida... principiei viver

Quatro décadas de existência
Ingenuamente, de inicio confiei em pessoas.
Esperei delas sinceridade, mas o tempo mostrou:
Gente barata engana bem e também se vende a toa

Entrei em depressão, fugi do sol, mas...
Encontrei a lua a brilhar
Aprendi nos sonhos que mentiras tem perna curta
Rufião não vive sem alguém para sugar.

Assim é a vida
Muitos vendem sua alma por um pardieiro
Feito o amor, muita coisa nela não se explicam.
O amor e o sentido da vida não se compram por dinheiro.



Manoel Cláudio Vieira – 30/06/2014 – 04:48h
http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/
HP médica-neurologia

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