Que se sabe, quando se sabe, quando a cabeça faltar?
Àquilo que se diz ou faz não bate mais com coisa alguma.
Perde-se a noção de quase tudo.
Fica o nada, tudo a determinar.
Os amigos que se tem, em eclipse se escondem.
Fogem justamente nestas horas inconseqüentes.
Nossos parentes, tal qual o velho ditado,
Se vão como se fossem os dentes.
Àqueles que perto ficam,
Impressionados, sentem-se únicos no mundo deste ser.
Sua paciência escassa sobrevive.
Agüentam tudo, pois pelo amigo tem bem-querer.
Sentimentos de afeto, amizade e ternura,
Nenhum deles passa mais a trabalhar.
Hipotéticos são seus sentimentos pelo próximo.
O amor pela vida em sua vida parou de vigorar
Quem dera que tal sentimento
Pudesse a vida deste ser retornar
Voltaria a sentir que o seu tempo neste mundo
Algo mais é do que um simples vegetar.
A mortalha na qual todo ser sem cabeça se reveste,
Torna-o frágil, arredio e decrépito até ao falar.
É a morte em vida se fazendo presente numa espécie de prenuncio
De morte “prenhe” com dias contados para se instalar.
Manoel Claudio Vieira - 29/08/2001 - 20:30: 45h
http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/
HP médica-neurologia
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