Nossa vida prega peças surpreendentes
Nela, nada é difícil de se estranhar.
Coisas belas, bonitas e faceiras,
Um dia sem mais nem menos acontecem sem ao menos avisar.
Pessoas que a gente pensava que conhecia
Pessoas com quem nos dávamos muito bem
Derrepente sem mais nem menos nos deixam de lado
Como se fossemos gente de fantasia.
Alguns dos amigos do passado
Aquele pessoal do tempo de criança
Muitos desses quando passam em nossa frente
Nos acolhem com olhos de um tempo de esperança.
Nessas horas meu coração se transforma
Passa a ocupar o lugar destinado a minha mente
Fico então a mercê de sentimentos bons do passado
E, em prantos, oro a Deus para que perpetue essa gente.
Por quê meu ser tem dessas coisas tão meigas
Que por vezes me deixam sofrer tanto assim ?
Fico até meio encabulado quando por vezes choro
E alguns até me olham torto achando que sou coisa “dengosa e ruim”
Que fazer com este meu velho coração solitário
Que, abandonado acabou tomando jeito de pedra.
Que fazer com gente descartável e insegura
Que ,como pedra, nada mais crê, mas ainda sente ?
Que sentimentos pode-se ter neste mundo abominável.
Rodeado de gente perversa e ruim ?
Visões de algo melhor é quase impossível de se encontrar
Falar, pelo menos faz da vida, algo mais fácil de se encarar.
É certo que ninguém aqui é santo.
Nem eu nem ninguém paz de cemitério quer ter.
O certo é que o homem dentro de cada um já esta cheio,
De tanto ouvir sem nada poder fazer.
As boas pessoas que conheço já estão fartas,
De tantas promessas ouvirem e nada se cumprir.
Parece um eterno jogo de palavras,
Onde já estamos cansados de ouvir.
O circo da vida de tempos em tempos se repete.
Tudo exatamente como no passado.
Não me perguntes a diferença de certos homens de ontem
Porque eles parecem ser os mesmos de hoje
com os velhos discursos preparados para o amanhã.
Que coisas boas teremos para no futuro lembrar ?
Momentos pelos quais, por um descuido, atravessamos o compasso da vida.
sem ao menos, “viver” ?
Viveremos apenas por ... viver ?
Isto não seria vida; no máximo, seria vegetar,...talvez existir.
Manoel Claudio Vieira - 13/2/2001 12:25:51
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