sábado, 23 de agosto de 2025

Contagem aberta (OU Contagem final)

 


Contagem aberta


Embalado por algo que não consigo ver nem ouvir 

Entre idas e vindas, noite alta mergulha minha mente

Feito bicho ferino ela ainda me faz acreditar

Que o amor ainda é a cura de tudo na história presente


Cada um tem seu monstro interior

E não são poucos os que o buscam sem saber quem são em nosso meio

Qualquer conflito envolvendo "classe social" e "preferência sexual" se resume a preconceitos

Enquanto civilidade, comportamento coletivo são carta fora do baralho quando se fala do direto alheio


Paulatinamente a sociedade perde controle do presente

Esquece que muitos dos que passam por nós também não nos deixam sós

Precisamos rever os conceitos com olhos no amanhã, pois

Cada um, a sua maneira, deixa um pouco de si levando um pouco de nós


Hábitos e conceitos antigos não devem ser esquecidos

Para o bem, para o mal, em todos está implícito algum valor

Neles há sempre uma chama flambando diuturnamente

O paraíso do sentimental encontra neles e em seus ditos, saudades, lembranças e a própria dor



Neste mundo aprendemos a voar com os pássaros

Nadar com os peixes, ser simples assim como a vida se divide em estações

Mas que mais o homem busca quando suas conjunturas destemperam e

Não coloca em pratica a simples arte de vivermos juntos como irmãos?



Do que adianta a liberdade de pensar quando não se pode expressar o que se pensa?

Se existe um fim, qual o sentido de a jornada ser infinita?

A contagem foi aberta, esteja certo dos seus passos

“A mão que afaga é a mesma que apedreja”


Manoel Claudio Vieira – 23/08/25 – 03:10h

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Esteja a vontade para escrever seu comentário