Contagem aberta
Embalado por algo que não consigo ver nem ouvir
Entre idas e vindas, noite alta mergulha minha mente
Feito bicho ferino ela ainda me faz acreditar
Que o amor ainda é a cura de tudo na história presente
Cada um tem seu monstro interior
E não são poucos os que o buscam sem saber quem são em nosso meio
Qualquer conflito envolvendo "classe social" e "preferência sexual" se resume a preconceitos
Enquanto civilidade, comportamento coletivo são carta fora do baralho quando se fala do direto alheio
Paulatinamente a sociedade perde controle do presente
Esquece que muitos dos que passam por nós também não nos deixam sós
Precisamos rever os conceitos com olhos no amanhã, pois
Cada um, a sua maneira, deixa um pouco de si levando um pouco de nós
Hábitos e conceitos antigos não devem ser esquecidos
Para o bem, para o mal, em todos está implícito algum valor
Neles há sempre uma chama flambando diuturnamente
O paraíso do sentimental encontra neles e em seus ditos, saudades, lembranças e a própria dor
Neste mundo aprendemos a voar com os pássaros
Nadar com os peixes, ser simples assim como a vida se divide em estações
Mas que mais o homem busca quando suas conjunturas destemperam e
Não coloca em pratica a simples arte de vivermos juntos como irmãos?
Do que adianta a liberdade de pensar quando não se pode expressar o que se pensa?
Se existe um fim, qual o sentido de a jornada ser infinita?
A contagem foi aberta, esteja certo dos seus passos
“A mão que afaga é a mesma que apedreja”
Manoel Claudio Vieira – 23/08/25 – 03:10h
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