segunda-feira, 22 de julho de 2024

Onde a dor mais doi

Onde a dor mais doi



Num tempo onde tudo se adquire

Torna-se cada vez mais difícil encontrar alguém 

Com dinheiro se compra quase tudo, mas

No fundo, bem no fundo, continuamos sem ninguém



Por isso muitos preferem a solidão

Demonstrar sentimentos certamente não são coisas para qualquer um

Quando se busca a verdade não importam as aparências

Triste, mas hoje são raros os que buscam uma história em comum

.

Somos livros numa imensa biblioteca

Os que mais simpatizo me atraem pelo conteúdo 

Diariamente folheamos a vida um do outro, mas...

Acautele-se: nem sempre os primeiros capítulos mostram tudo

.


Enquanto escrevo, muitas vezes fico fora de mim

Concentrado, meu estado mental se altera profundamente

Coloco no papel coisas que desconhecia de mim mesmo

Deus dos céus... redigir traz um alivio incomum a mente

.


Lembro do tempo onde caneta e papel se encontravam sobre a mesa

Tudo bem real, fatos diários acontecendo ao vivo e a cores

Muitas vezes, a meu lado um radinho ligado em notícias locais

Mas eu desligado externado com extremo zelo minhas dúvidas, minhas dores



Um tempo muito conturbado, pessoas difíceis de lidar

De quem lia era comum ouvir: “isso está difícil de entender”

Dia seguinte, com fogo destruía e enterrava as cinzas no jardim

Tudo voltava a rotina, menos meu modo de ser. 

.


Seja onde, quando ou como for

Jamais abdique de sua liberdade

Tal qual os fundamentos de vida, o amor resiste ao tempo

Difícil, mas esqueça o que se foi, bola para frente e dane-se essa hipócrita sociedade



Manoel Claudio Vieira – 22/07/24 – 00:08h


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