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Sorver pensamentos inertes aos períodos de reflexão
Deduzir o que há por trás de intrínsecas palavras
Sobrevoar pelas mais diversas épocas da historia
Volver à tona o sentido que a vida tinha quando nela pouco pensava
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A solidão e o silencio das madrugadas são ideais
A clarividência da ocasião aliada a luz e sons mínimos fazem a mente velejar
Tudo tem um momento, um ponto de entrada outro, partida
A vida e tudo mais se completa dando sentido a quem abdica viver sem ter a vergonha de amar
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Tudo parece ter ocorrido ontem
Eram hábeis e fortes e os deuses viviam a seu lado
O tempo foi passando, a história acontecendo
Até que sucedeu o que nunca haviam pensado
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Do nada, pela primeira vez ela se vi realmente só
Por momentos, perdeu chão, mas não perdeu norte
Não era isso que tinha planejado, mas aconteceu
Deus é bom, mas naquele dia ficou sem entender o porquê daquela morte
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Dois filhos... um na barriga, outro no colo
O futuro deixou de existir, mas sua sina era viver
Marcada pelo destino, sua existência perdeu sentido
Sua história foi posta de lado e passou a sobreviver
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Os anos foram passando devagar, lentamente
Os parentes que julgava amigos se mostraram serpentes
Do pouco que havia herdado, por eles e não seus filhos abriu mão
Realmente.... parentes são como dentes
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Atordoada, pouco importava o amanha
Desenvolveu esquizofrenia sobrevivendo como genitora, mas não como mulher
Joguete nas mãos obscuras se julgava responsável
Sua morte em vida sepultou sua história como mulher
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E assim viveu sua existência
Uma montanha de limitações, percalços e barreiras
A lenda dos mortos vivos é infinita
Seres de luz vivendo uma história sem eira nem beira
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Manoel Claudio Vieira – 23/08/23 01:59h
http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/
HP médica-neurologia.
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