Num canto escuro
Esquecida junto a tua veneta
Exiladas do mundo
Estavam tuas letras
Aos poucos, teu eu foi lapidado.
Fez-se luz onde havia pranto e dor
Fugiste da estrela mor a te guiar nesta caminhada
Sem ao menos dar conta de seu valor
Perdeste toda humildade
Foste longe, pouca cousa além do aquém
Ora fazem-te de capacho, meu caro
Teu canto mais parece um oficio em réquiem
Vai... procura tua benévola cortesã
No fundo, gosta mesmo desse puxa-saco
Faze dela capa de teu livro
Usaste bem àquela do passado.
Sei... os de outrora foram trampolim
Bestas que não prestam mais para nada
Estás nesse eldorado, jogral da vida
Postulando pústula de criatura, maniatado.
Tudo bem. A vida é mesmo assim
Num dia, por baixo; noutro - por cima.
Com sofreguidão, te colocaram no alto, não esqueças:
A capa cai como luva tal quimeras numa fantasia
Manoel Claudio Vieira - 08/03/2004 - 14:03h
http://www.angelfire.com/oz/foradassombras/
HP médica-neurologia
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