segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Sinais do tempo



No meu tempo aprendi que o amor era um sentimento longânime

Muito se falava (fala) que ele tudo perdoa

Pela forma como vejo a vida onde habito

Devo ter me perdido no tempo ou, quem sabe, vivido à toa



Aborreço em observar gente miúda interpretando grandeza

Interessante que quanto mais vazias, menos roupas costumam vestir

Se isso é uma nova forma de moda ou mesmo costume, quero distancia

Assumo meus erros, mas prefiro a mansidão de um beijo carinhoso em meu porvir



Não sei onde nos perdemos, mas a vida perdeu graça

O imediatismo das coisas matou parte dos sentimentos

Meio raro encontrar alguém com conteúdo verdadeiro

Parece que tudo ficou restrito ao interesse de momento



Levávamos um tempo para nos conhecer

Mais que palavras, trocávamos o ombro amigo

A caminhada pelo conhecimento, a descoberta interior era longa e verdadeira

Primeiro despíamos as aparências para depois nos entregarmos ao amor



Através do tempo trocávamos confidencias

O que um esperava do outro, aos poucos ia concretizando nossos momentos

Corações marcando um sentido verdadeiro numa entrega real

Como terra e mar, um n'outro esperava a onda unir num choque nossos sentimentos



Seja como for, seja onde for, a espera sempre foi dadivosa

O amor sempre se mostrou sereno ante a verdade

Não sei onde nem quando nos perdemos, mas sei que isso dói

Se é um sinal dos tempos, espero nunca mais voltar a realidade



Manoel Claudio Vieira 23/12/24 – 01:27h





sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Um tempo no seu tempo

 


Não pense no que for escrever

Nem ligue para a coordenação das palavras que usar

Nessa hora, siga seus sentimentos, ouça seu coração

Tudo mais desabrocha com a correção do texto a narrar

 

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Na vida, lembre-se sempre de seus ideais de meninice

Guarde seus sonhos com carinho

Descarte quem desdenha seus ideais vindouros

São eles os motores que guiam sua vida, o aconchego de seu ninho

 

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Assim é a nossa historia

Quase sempre os eventos incidem de supetão

Maioria das vezes a existência acontece como pingos d’agua

Irrigando nossa biografia, dando vida as nossas uniões

 

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Muitas vezes o melhor dos caminhos é o silencio

Ninguém melhor que você para entendê-los

Não se aborreça com gente que frequentemente te irrita

Querem alterar teu caminho tirando seu pé do alvo com enorme desvelo

 

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Muitas vezes, uma pausa para o café se faz necessária

Funciona como um sopro de vida revigorando teu ser

O tempo que se passa não se perde – você cresce de outras formas

Retroceder no tempo, trabalhar com as mãos cria novos horizontes em teu viver

 

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Solte suas velas, entregue-se aos ventos porem não perca de vista o ideal

Somos eternos andarilhos em terras estranhas procurando o Norte

Sobre as aguas, sob os ventos trace seu destino

No mar da vida, como casquinhas de amendoim, contamos também com a sorte

 

 

Manoel Claudio Vieira – 20/12/2024

domingo, 15 de dezembro de 2024

Historias de uma vida



Teu corpo junto ao meu

Peles se tocando num meigo ruçar

Teus seios, minhas mãos acarinhando

Juntos dia a dia celebramos a vida acontecer, o tempo passar


Destino trilhado ao longo das estações  

Um tempo de descobertas, uma história de amor

Entre dois corações, uma fábula de vida

Historias marcadas pelo tempo, muitas delas pela dor


Nesta vida temos muito a agradecer

Bem mais do que poderíamos em breves histórias contar

O tempo não se resume ao presente

Quem pensa maior vai além do rio e como tal, um dia se torna mar


Dias de aprendizado procurando compreender as pessoas

Outros tantos sendo interpretes dos outros

Procurei por anos viver a vida alheia como se fosse minha

Esquecendo que o tempo não volta e corre solto


O certo e o errado, o bem e o mal

Quantas vidas seriam suficientes para se viver com media qualidade

É certo que quando se aprende cedo as armadilhas do mundo

Longe da sociedade, próximos de nós mesmos encontramos serenidade


De alguma forma, um dia você lembrara de seu passado

Nessas horas busque em si as histórias apetecidas que ficaram para trás

Lembre-se: o que um dia ficou no coração transpassa o tempo

Pelo amor que se foi ainda temos muito a viver, muito a compartilhar


Manoel Claudio Vieira – 15/12/24 – 03:48h

sábado, 14 de dezembro de 2024

Entrementes 2



Se tenho o que quero

Se vivo muito bem com o que possuo

Buscar fora o que não preciso é um erro grosseiro

Um desejo fora da curva, um anseio absurdo


Entre o que tenho e o que quero

Por mais a tentação me jogue na estrada da busca do novo

A distância é similar entre o bem e o mal

Preciso sim descobrir o que encerro dentro de meus tesouros


A noite está abarrotada de estrelas, uma mais bela que a outra

Nessas horas sempre aparece alguém que sabe como lidar com meus desejos

Se me entrego aos prazeres do momento abro novas portas

Deixando para trás o certo buscando no oculto novos ensejos


Busco palavras dentro de um sentimento

Exploro com perspicácia as variantes de um amor terreno

Pela ação do tempo os cabelos branquearam, a pele cedeu

Mas não me afastei do desejo final, o bem supremo.


Por apostar num novo início ao que já havia começado, muitos me chamaram de louco

Num segundo momento, uma história de vida voltou a brilhar

A semente outrora intacta encontrou solo fértil em meu infinito

Um novo ser sob novas perspectivas vida voltou a principiar


Entre viver intensamente e saborear as nuances da vida

Busque o que de melhor se aplica ao seu desejo inicial

Sei que sob pressão é difícil escolher, mas

Não tenha pressa – problemas virão e passarão e você será sempre você no final.


Manoel Claudio Vieira – 14/12/24 – 05:04h




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