No meu tempo aprendi que o amor era um sentimento longânime
Muito se falava (fala) que ele tudo perdoa
Pela forma como vejo a vida onde habito
Devo ter me perdido no tempo ou, quem sabe, vivido à toa
Aborreço em observar gente miúda interpretando grandeza
Interessante que quanto mais vazias, menos roupas costumam vestir
Se isso é uma nova forma de moda ou mesmo costume, quero distancia
Assumo meus erros, mas prefiro a mansidão de um beijo carinhoso em meu porvir
Não sei onde nos perdemos, mas a vida perdeu graça
O imediatismo das coisas matou parte dos sentimentos
Meio raro encontrar alguém com conteúdo verdadeiro
Parece que tudo ficou restrito ao interesse de momento
Levávamos um tempo para nos conhecer
Mais que palavras, trocávamos o ombro amigo
A caminhada pelo conhecimento, a descoberta interior era longa e verdadeira
Primeiro despíamos as aparências para depois nos entregarmos ao amor
Através do tempo trocávamos confidencias
O que um esperava do outro, aos poucos ia concretizando nossos momentos
Corações marcando um sentido verdadeiro numa entrega real
Como terra e mar, um n'outro esperava a onda unir num choque nossos sentimentos
Seja como for, seja onde for, a espera sempre foi dadivosa
O amor sempre se mostrou sereno ante a verdade
Não sei onde nem quando nos perdemos, mas sei que isso dói
Se é um sinal dos tempos, espero nunca mais voltar a realidade
Manoel Claudio Vieira 23/12/24 – 01:27h