sexta-feira, 4 de julho de 2025

Historias sem fim


Perola guardada pelo tempo

Nosso amor transcende viagens espirituais

O amor que guardo dentro de mim

Não pertence a este tempo e sim a épocas magistrais


Lembranças...diamantes de inestimável valor

Ter você em minha história, dádiva para poucos

Amor e bondade em seus olhos eram um doce manjar

Hoje, ninguém nos entenderia e muitos nos chamariam de loucos


Além da terra, aquém dos horizontes 

Trouxemos para nós as estrelas da noite e a aurora do amanhã

O amor que laboramos não era terreno e permanece

E continua em ciclos feito febre terçã


O que um dia sobreveio ficou marcado para sempre

Nossos encontros acalmavam minha aflição

O que eu mais precisava era uma palavra de conforto, um ombro amigo

Era quase impossível respirar num mundo pleno de ‘nãos”


Disso tudo restou uma mistura de saudades, alegria e tranquilidade

Até hoje, as vezes sento, choro, enxugo as lagrimas e toco meu barco na paz

Desse jeito continuo acreditando em dias melhores pela frente

Vivo minha história me sentindo gente e não um ser cada vez mais incapaz


Neste mundo, seja simplesmente você

Não procure ser o que não é

E com sua estrutura que você tem que se entender

O ouro dos tolos quem busca é quem nem ao menos sabe quem é.


Manoel Claudio Vieira – 04/07/25 – 01:20h

quarta-feira, 25 de junho de 2025

As brigas com o travesseiro (Conversando com o infinito)



Tarde da noite, cansado de brigar com o travesseiro, pulo da cama e vou para o computador. Extenuado de arrazoar o que foi o dia, seus imbróglios e surpresas, do nada vem à mente uma serie de ideias e da mesma forma que vieram, passo a brincar com elas atribuindo a cada uma nome e sentimento para a partir deles dedilhar uma pequena história, maioria das vezes sem saber ao certo para onde vou. 


Curioso é que por vezes o início dessa historieta é um tanto difícil se desenvolver, porém logo nasce uma série de eventos, muitos deles vividos, outros tantos presenciados que passam dar forma e conteúdo ao tema proposto. Apaixonante a forma como me entrego esquecendo o cansaço da noite não dormida – maioria das vezes a atmosfera noturna ajuda embalar o desenvolvimento do tema, mas daí ocorre o que chamo de “contaminação”. Explicando melhor, passo atribuir qualidades minhas ao personagem criado. 


Sei que para alguns não faz muito sentido, mas em boa parte das vezes pareço contar com alguém a meu lado acompanhando a narrativa como coautor. Em alguns casos, impressiona a sincronia entre o que acontece como nos casos descritos em notícia/informe do rádio (ligado ao meu lado) com o que escrevo no exato instante. Não sei hoje, mas décadas atrás os apresentadores de alguns programas pareciam fazer parte de nosso dia.  Tive “conversas” com eles – explico: após ouvir uma noticia, eu questionava a forma como o evento aconteceu lembrando a implicância do ocorrido dentro de um contexto social mais amplo e, para minha surpresa, a ‘cara’ dentro do radinho respondia como se tivesse ouvido minha questão. Sei que minhas “antenas” são capazes de captar todo tipo de informação, mas dessa forma, nunca tinha visto nem ouvido. Fico por aqui pensando no quão miserável deve ser o indivíduo que entrega tudo a chamada inteligência artificial. Quando componho um texto é de mim que me faço presente, algo muito parecido com o dito “aprender a pescar”. Concorda?


Manoel Claudio Vieira – 25/06/25 – 01:05h

terça-feira, 24 de junho de 2025

Noites de sol


Não quero andar a frente

Mas também não quero ficar para trás

Quero sentir as marcas do tempo

Saboreando o que a vida naturalmente trás


Por muito tempo permaneci sozinho

Mas hoje já não posso parar

Quando não se aprende quando pequeno 

O medo de perder tira toda vontade de ganhar


Nada como um dia aquecendo a alma

Dentro de cada um, pensamentos fluem melhor em noites vazias

A calmaria que precede a tempestade é o preludio

A vida acontece quando a gente nada sorve nem associa 


Eu sei que a vida cobra

A responsabilidade do que faço não posso atribuir a ninguém

O problema é quando não nos preparamos para o amanha

A certeza do presente passa ser uma incógnita frente ao além


A vida é um eterno arranjo

Como notas musicais, as pessoas aparam a sociedade que ora se compõe

Nem sempre é compatível seguir o que profere a letra

Mas certeza é possível dar cadência ao que o destino nos expõe


Dias de chuva, noites de sol

Nem sempre seu calor é sinal de vida

São poucos neste mundo que tem luz própria

A alma que não se aprimora faz da existência humana uma história fugidia


Manoel Cláudio Vieira – 24/06/25 - 02:34h

domingo, 22 de junho de 2025

Os olhos no amanha


Nesta vida somos eternos passageiros

Passamos pelo mundo e tudo é muito repentino

Em dois, três dias tudo acaba

Aproveite seu tempo e seja feliz com seu destino.


Por mais eu possa ser, sinto-me pequeno

Tomado pelo imediatismo, não dei tempo ao tempo quando mais precisava

Depois de velho percebi o quanto me distancie de mim mesmo

Na selva das aparências procurei ser o outro menos o que eu pensava


Impossível esquecer os anos que se passaram

De uma forma ou outra, a sequência de dias numa história se transformou

Em meu caminho há muitas alegrias, porém

Nem olhos nem sorriso disfarçam o quanto foi sofrida aquela dor.


Esqueci de me levar a sério – tudo não passava de uma existência sem sentido

O amanhã que eu esperava nunca se concretizou

Meus planos, apesar de realistas eram vistos como sonhos

A mentira se camuflava de verdade e com ela meu tempo minguou


Em meio as batalhas,

Carrasco e refém de mim mesmo me transformei

As expectativas se transformavam em ilusões

Pela falta de um mentor desta vida me distanciei


Bem ou mal, com todas as dificuldades, viva sua vida

Esqueça o que os outros pensam e faça dos erros, aprendizado

O que é temido hoje será esquecido amanha

Sua vida é muito preciosa para se viver no passado


Manoel Claudio Vieira – 22/06/25 – 05:25h