quinta-feira, 21 de agosto de 2025

A arte de sorrir

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Anos a fio buscando uma razão de ser

Experimentando quase tudo sem encontrar praticamente nada

Buscando no horizonte um motivo real para viver

As vezes penso que esse mundo não foi feito para ser uma morada


Que espécie de mundo é esse que busco

Onde não encontro eco em minhas palavras

Onde estarão as pessoas mais verdadeiras 

Gente vazia com olhares acriançados é o que mais encontro em minha jornada


Se o que sinto e penso refletem meu conteúdo

Se mesmo no mundo dos sonhos escalo montanhas de esperanças decidindo problemas

Por que quando acordo me sinto tão enojado desta vida

Por que tudo parece tão torpe e o mundo um eterno dilema


Ao acordar desejava erguer os braços aos céus e agradecer

Mas algo dentro de mim me empurra para o canto mais escuro de meu quarto

Que desequilíbrio, químico ou não, é esse meu Deus

Pai... dê-me uma luz pois desta vida estou farto


Não foram poucas as vezes que procurei esvaziar a cabeça, mas

O que aconteceu de fato foi o espirito que perdi

Aos prantos, juntei os cacos, pedi desculpas ao menino dentro de mim e

Feito Fênix, das cinzas em parte renasci


Sou grato a meu grupo de jovens senhores (as)

Amigos que as sextas feiras encontram um tempo para trocar

Pena que o tempo que temos para discorrer seja exíguo, mas

A arte da convivência é o segredo para um bem-estar




Manoel Claudio Vieira – 21/08/25 – 02:21h




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terça-feira, 19 de agosto de 2025

A estrada do tempo



A estrada é longa, inúmeras são as curvas pela frente

Ao final de cada uma, um obstáculo volta e meia aflora

Importante manter o foco no caminho

E não se perder quando o ângulo da curva nos leva para fora



Inúmeros são os caminhos que nos levam as conquistas

Em todos, sempre houve uma razão de ser

Poucas foram as vezes onde paramos no meio da estrada e

Olhando para trás, esquecemos de viver



São tantos os eventos presentes que nos fazem pensar

Por vezes, chorar e sentir saudades por algo muitas vezes indefinido

São esses as acontecimentos que acalentam a alma vivente

Sem que o mesmo perca pé do momento ora vivido



Há também o tempo em que é bom esquecer 

Verdade nessa vida nem tudo são flores

Lidar com adversidade é parte do dia a dia

O tempo passa e nem sempre sorvemos o vinho dos amores



Na memória daqueles que se deleitam no amor e admiração

Determinadas épocas jamais se apagam de sua lembrança

Há sempre um breve apontamento do que se foi

Mentes jovens envelhecem sem perder a esperança



Essa é a estrada da vida, a via eterna de 2 mãos

Nela trafega melhor que domina a máquina do tempo

Sonhos, motores d’alma - combustível ideal

Vive melhor quem pelo tempo distribui amor multiplicando as coisas do coração



Manoel Claudio vieira – 19/08/25 – 04;30h


segunda-feira, 18 de agosto de 2025

A volatilidade do tempo

 

 

Não importa quanto tempo possa passar

Não somos eternos, mas o que deixamos poderá ser imortal

O amor é uma das poucas coisas que levamos ao morrer

Congelando estações, o tempo se transforma em conservante assim como o sal

 


Só sabe que precisa de luz quando esta escurecendo

Sabe que precisa de amor quando o vê partindo

A vida é um emaranhado de destinos em tempo real

É desprender-se do hoje quando se pranteia sorrindo.

 


A vida é um eterno aprendizado

Para quem ama, tudo parece muito pouco

Quem domina a sensibilidade por vezes se perde na paixão

O amor é lindo, mas também pode nos deixar loucos

 


Mais que um sentimento, o amor é um mandamento

Verdade que o não declarado é aquele que fica

Bem verdade que desta forma ele pode machucar

Mas quando o deixamos ele volta a crescer e se solidifica

 


Os sonhos vêm muito devagar

Aos poucos os pensamentos transformam-se em ações em nossa mente

Da mesma forma que vieram vão embora

Saboreie cada instante como se fosse o ultimo em seu presente

 


Se você o vê quando fecha os olhos

Se você o sente quando seu coração começa a palpitar

Meus parabéns... você não faz parte deste mundo

Sua vida é bem mais que viver o presente, você nasceu para amar.

 

 

Manoel Claudio Vieira – 18/08/25 02:47h

quarta-feira, 30 de julho de 2025

No compasso do tempo


Somos livres para viver e forjar nossa historia

Liberdade, juventude e redenção são lemas a serem vivenciados

Como pássaros livres buscando sua ventura neste mundo

O que esquecem é que vivemos num sistema que nos foi emprestado


Muitos não sabem onde estão e para onde estão indo

Nem ao menos se importam para verificar seu destino

Apenas se afastam do que julgam convencional

Dizem ter a mente aberta sem assumir o que lhes dá no tino


Por um breve período, dessas consequências são perdoados

Faz parte da vida aprender com os erros

Ocorre que alteram absolutamente a situação

O que outrora era certo passou ser caminho do desterro


Muitos são os que tem o coração como uma porta aberta

Ocorre que ele é enganoso e não se vive de filosofia

A vida é plena e não se vive duas vezes

Quanto mais cedo se aprende, melhor as vivencias do dia a dia


A língua é como um punhal afiado

Quem não sabe lidar com ela pode se machucar

Assim como o amor não declarado é aquele que fica

Atos impensados destroem compilações que poderiam prosperar


Perdão se toquei num ponto que causa dor

Mas esta é a visão que tenho da vida

Para quem não tem muito mais a viver, paciência

Dei meu recado, tenho meus valores e não sigo sua lida


Manoel Claudio Vieira – 30/07/25 - 04:46h

domingo, 27 de julho de 2025

Escrevendo no Cérebro.

 Escrevendo/pintando no Cérebro



Verdade que o tempo leva embora parte da massa encefálica que vem com as pessoas assim que são apresentadas ao mundo, sejam pelo envelhecimento natural ou por traumas ocorridos ao longo dos anos de vida. Procurando superar esses contratempos (naturais ou não), por conta de uma neurocirurgia ocorrida em 2002 com a retirada de uma parte lesada de meu cérebro, atualmente procuro criar novas terminações nervosas estimulando o crescimento dos neurônios de forma ampliar essa rede da maneira mais natural possível, ou seja, colocando em pratica atividades intelectuais de maneira sentir um enorme prazer em findar esse exercício conciliando o útil ao agradável.

Tendo como base o desenvolvimento de habilidades que desenvolvi desde tenra infância, principal delas, a leitura e a consequente escrita, sempre gostei de ler e meu estopim foram almanaques usados vendidos numa determinada banca da feira livre onde minha mãe comprava as revistas que estavam em melhores condições físicas pelo uso.


Sempre que lia, ficava registrado seus principais momentos, a saber e em breves pinceladas, o início, meio e fim. Em geral, durante a leitura, eu observava o comportamento das pessoas frente as variantes ocorridas entre os personagens, porém em mim algo sempre funcionou um pouco diferente, ou seja, a partir da metade de uma história que eu já tinha lido, mentalmente eu desenvolvia um outro final que não fosse aquele do autor, o que de certa forma me transformava num coautor ao dar a processo inicial de criação um novo final, desta vez o meu.

Ao entrar na escola, aprendi nas aulas de português como redigir um texto. Em geral eu me dava muito bem nesta matéria, pois intuitivamente já o fazia a um bom tempo e de forma totalmente intuitiva. Uma curiosidade eram as redações do tipo “ faça uma redação de no mínimo 20 linhas com o tema etc. etc. etc.” Ora, para mim o tema sempre foi o de menor importância já que eu me sentia muito bem fosse ele qual fosse. O problema mesmo eram as 20 linhas que no meu caso eram quase sempre ultrapassadas findando a ideia chave na página seguinte.


Anos mais tarde comecei a pintar – notei em mim uma similaridade entre o pincel e a escrita, mas nunca imaginei um dia colocar os dois frente a frente externando no papel a sensação ao findar o ato de minha criação. Embora os dois me deem imenso prazer, em meu vocabulário não encontro palavras que possam definir a principal diferença entre eles. Creio a melhor resposta esteja na diferença que sente uma mulher durante o ato sexual em relação ao homem nessa mesma jornada, ou seja, um jamais saberá como é o gozo do outro, no máximo, uma ideia do quão prazeroso é. 


Manoel Cláudio Vieira - 27/07/2025 - 22:46h